Pensamento crítico a respeito de uma das afirmações contidas no texto “Cobrindo a nudez”, do Rev. presbiteriano Enoc Teixeira Wenceslau.
Durante o texto é levantada a ilustração da nudez como forma na qual se demonstra a vergonha e erros dos irmãos. A proposição textual busca apresentar que a imagem da “igreja” tem sido desgastada e desacreditada devido à exposição pública das falhas da instituição, deixando implícita, a imagem do cristianismo relacionada aos líderes dessa instituição, liderança que engloba o próprio reverendo.
As análises do reverendo prosseguem culminando em sua ultima sentença onde enfatiza que o encobrimento das “vergonhas” demonstra amor, compaixão e temor a Deus, e quem as expõe, mostra ausência de misericórdia, utilizando-se do texto Paulino aos Romanos para o embasamento bíblico. A utilização do texto de Romanos 2:1 é no mínimo deturpada já que o próprio autor imputa no erro exortado no texto. Paulo desmascara aqueles que concordavam com a exposição dele da ira divina sobre o pecado, mas supunham-se imunes a elas. Possivelmente Paulo falava a respeito dos judeus, que concordavam com a declaração paulina sobre a ira de Deus, mas supunham-se a salvo dessa ira.
A natureza dessa presunção, se não em sua forma específica, não se limita aos judeus. Nesse contexto, Paulo afirma os princípios do julgamento divino que todos os seres humanos terão que enfrentar. Esse julgamento está baseado sobre a verdade. È marcado pela retidão, conforme as obras de cada um, imparcial em sua natureza e executado por meio de Cristo.
Quando o autor cita o texto de Romanos após seu julgamento e setenciamento a respeito dos membros que expõem a “vergonha” de seus líderes, ele é réu de sua própria condenação.
Seria no mínimo aconselhável que duas frases permeassem o texto. A primeira presente em l Coríntios 10:12, “Aquele, pois, que pensa estar de pé veja que não caia”. É concernente ao fato de todos darmos conta de nossas próprias atitudes e efetivamente não nos prendermos à legalidade de líderes institucionalizados e frágeis à crítica que demonstram sua falta de alicerce. A segunda frase é de Eduardo Shiloah Vasconcelos que diz que “o líder se faz pela confiança que inspira em seus liderados”, apontando para as verdades que permearam a reforma protestante onde o clero se aproxima da sociedade na qual ele está inserido não só como um representante do “absoluto”, mas como um ser humano passível das mesmas falhas e acertos que os membros de sua comunidade. A liderança não é uma imputação legal e eclesiástica, mas se faz de forma efetiva pela demonstração das atitudes do próprio líder.
Thiago Barbosa
Olá, rapazes. Na seção ao lado, Quem sou Eu, corrijam: é Schwantes, e não Schwantz. Podem deletar essa comunicação.
ResponderExcluirUm abraço,
Osvaldo.