Sobre a angústia e dor de um mundo dualista, só me resta o grito mudo de um blog.
Um grito que mostra o sentimendo da real incerteza que será. São quatro anos que separa um destino, e nesse momento, talvez precoce, talvez tardio, consome a dúvida do porvir.
Novamente ele, Augusto dos Anjos...
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O Fim das Coisas
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Pode o homem bruto, adstricto à ciência grave,
Arrancar, num triunfo surpreendente,
Das profundezas do Subconsciente
O milagre estupendo da aeronave!
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Rasgue os broncos basaltos negros, cave,
Sôfrego, o solo sáxeo; e, na ânsia ardente
De perscrutar o íntimo do orbe, invente
A lâmpada aflogística de Davy!
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Em vão! Contra o poder criador do Sonho
O Fim das Coisas mostra-se medonho
Como o desaguadouro atro de um rio ...
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E quando, ao cabo do último milênio,
A humanidade vai pesar seu gênio
Encontra o mundo, que ela encheu, vazio! (ANJOS, 1986: 170)
Thiago Barbosa
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