A arte de pensar livremente

A arte de pensar livremente
Aqui somos pretensiosos escribas. Nesses pergaminhos virtuais jazem o sangue, o suor e as lágrimas dos que se propõem a pensar com autonomia. (TeHILAT HAKeMAH YIRe'aT YHWH) prov 9,10a

domingo, 17 de maio de 2009

Na esperança da volta do MANIFESTO...ou consciência se preferir.

Devo dizer que o texto do Jonatham me chamou a atenção. Nunca me considerei um entusiasta da política, mas sempre gostei da magia que envolve este assunto, aqui gostaria de me explicar sobre a "magia".

É absolutamente hipnotizante a possibilidade de que uma massa populacional consiga se organizar e viabilizar o desenvolvimento mútuo de uma comunidade. De igual forma o estabelecimento de justiça em uma população e a manutenção de toda uma sociedade fascina e encanta a uma olhada menos aprofundada. Infelizmente tal fascínio tem se perdido, mormente em uma sociedade politicamente doente como nossa nação.

O ponto mais calamitoso, ao menos em minha opinião, são os casos sequenciais e initerruptos de corrupção que tornam a população desiludida com o fascínio da organização social. Tal desilusão direciona a população nacional a ao ócio, marasmo, pasmaceira e descrença que reina em nosso país. Nesse ponto o evangelho acha campo de desenvolvimento, infelizmente de uma forma que viabiliza uma fuga da realidade.

Tais características observadas em políticos, não somente neles mas primordialmente neles, são claramente demonstrações da degradação moral e ética que vivemos. A relativização de valores fundamentais que outrora eram claramente observáveis nas estruturas familiares funcionando como sustentáculos da sociedade global sofrem sua decadência, e em efeito subsequente observamos a moralidade distorcida e a ética ausente de nosso meio.

Lembro-me da vovó que dizia vir a educação do "berço". Acho que o berço se quebrou no momento em que volatizamos o respeito e a consideração que nos levava a admirar nossos pais e familiares mais velhos.

Agora o Salmo 91 se torna o mantra de uma sociedade culturalmente ociosa, politicamente analfabeta, moralmente falida e eticamente desestruturada (ao menos quanto aos politicos, nem todos). O povo se esconde nas fantasias novelescas globais e esperam que sua vida, agora televisiva, os insite a proclamarem seus direitos, mas os deveres públicos da sociedades são esquecidos.

Realmente me apaixonei pelo movimento estudantil realizados no Brasil durante a ditadura, na minha medíocre opinião o período mais fértil em todos os aspectos imagináveis. De forma que a luta por uma política em detrimento de uma politicagem fazia que os estudantes assumissem postura de luta, psicológica, cultural, erudita, crítica, política e por vezes armas, paus, pedras e fins de caminhos.

Vem vamos embora que esperar não é saber, quem sabe faz a hora, não espera acontecer...
Brilhante momento, poesia em forma de luta. As diretas já, o impeachment, a eleição do Lula...rs...

Mas o ócio continua, esquecemos do que nossos estudantes do passado fizeram e permitimos que sua memória seja esquecida no ostracismo que nos entregamos em nossas intituições. O fato de se fazer uma faculdade não era apenas a escolha de uma profissão mas assumir intrisecamente e explicitamente como protestante, e nesse momento o verdadeiro protesto que remete à fase de pedra de nosso amado Lutero (já que Lutero teve também sua fase de pedra e de telhado, como os brasileiros de hoje).

Sinceramente espero que voltemos ao manifesto pela liberdade de pensamento, de forma que os pensadores emoldurem uma sociedade, e não que sejam tolhidos por uma sociedade que mantem a castidade de seus neurônios.

Em manifesto por uma teologia efetiva.

Thiago Barbosa

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