A arte de pensar livremente

A arte de pensar livremente
Aqui somos pretensiosos escribas. Nesses pergaminhos virtuais jazem o sangue, o suor e as lágrimas dos que se propõem a pensar com autonomia. (TeHILAT HAKeMAH YIRe'aT YHWH) prov 9,10a

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Vestibular: Uma barreira?


 

Em busca de melhores empregos, salário, condição de vida e de uma melhor posição na sociedade, os jovens hoje buscam ingressar numa escola superior. Entendendo que o mercado de trabalho se torna mais exigente, eles não se limitam a desejar uma graduação, mais vão em busca de especializações para corresponder a essa exigência. A questão a ser discutida é: o vestibular, “processo seletivo” da escola superior, é acessível a todo estudante?  É uma avaliação justa?

Um dos argumentos a respeito, diz que a seleção é uma discriminação da classe menos favorecida, ou seja, os que receberam instrução em escolas públicas, que por sua vez não oferece base suficiente, comparada com o ensino de instituições particulares.

Um aluno de rede municipal, por exemplo, sai da oitava série do ensino fundamental sem ter conhecimento de vários conceitos que são de suma importância e necessários para a compreensão de novos conceitos a serem abordados no segundo grau. Com isso o aluno encontra grandes dificuldades, já no primeiro ano do segundo grau, e arrasta essas dificuldades até o último ano, quando já está prestes a tentar uma vaga para a universidade. Assim ele se matricula num curso preparatório afim de, em poucos meses, aprender conceitos acumulados desde o ensino fundamental. Por isso, segundo esse argumento, se considera injusto o vestibular.

Ao mesmo tempo se argumenta que o vestibular é “somente” um meio de avaliar os alunos, de acordo com o nível de conhecimento para ingressar na vida acadêmica. E essa forma de avaliar deve ser igual para todos, tanto ricos como pobres, não sendo então uma forma injusta de avaliação.

Acredito que o problema em si não esteja no vestibular como forma de avaliação, apesar de, para os alunos da rede pública, a prova se tornar cada vez mais complexa, mas sim na falta de investimento na educação básica, fundamental e do ensino médio. O problema está na base. Os menos favorecidos, que dependem dessa educação gratuita, não estão preparados para o vestibular e nem para o mercado de trabalho. Não se pode oferecer paliativos e permitir que alunos saiam da escola sem o “mínimo” exigido pelos concursos.

   

 

 Jonathan

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