A arte de pensar livremente

A arte de pensar livremente
Aqui somos pretensiosos escribas. Nesses pergaminhos virtuais jazem o sangue, o suor e as lágrimas dos que se propõem a pensar com autonomia. (TeHILAT HAKeMAH YIRe'aT YHWH) prov 9,10a

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Em resposta ao Thiago... Em defesa do Auto-Conhecimento

Veemente concordo contigo meu companheiro de teologia. E, acrescento não ser exclusividade nossa o paradoxo, quase inconciliável, entre a teoria aprendida na desgastante leitura dos livros, e dos debates em classe. Natural é para todo iniciante, o deslumbramento com o que este percebe os novos conhecimentos, e que em detrimento disso, há o esfriamento para com suas antigas concepções de conhecimento.
Confesso que em mim há uma luta incessante em seguir por entre os caminhos estreitos e frios da "letra", ou entre o complexo, mas caloroso, contato entre os seres humanos. Me pergunto: Por que não conciliar?
Porém, antes de responder, gostaria de lembra-lo do que aprendemos em Epistemologia com nosso querido professor Osvaldo: nosso cérebro é formado em três partes - Volição (querer); Afetividade (sentir) e Saber (cognitividade). Sabemos que o ideal seria possuirmos essas três funções em perfeito equilibrio, contudo, devido à nossa formação religiosa-histórico-social , podemos vir a possuir disturbio, ou seja, uma função terá um desenvolvimento mais intenso que outra.
Portanto, só me resta um caminho por onde posso vir a resolver meu problema com a conciliação: o Auto-Conhecimento. Conhecendo a mim mesmo enxergarei qual o caminho devo seguir, não me enquecendo que em detrimento de uma função, sacrificarei a outra. Sendo eu excepcional nos relacionamentos inter-pessoais (afetividade), certamente não possuirei um desenvolvimento significativo no campo das pesquisas (cognitividade), que está restrita ao pesquisador e o objeto examinado.
Uma vida de Ontologia e de calor humano certamente é muito atraente, assim como uma vida de Fenomenologia é misteriosamente instigante.
O que seguir? Não entrarei por outro a não ser pelo o auto-conhecimento, mesmo que esse demore para ser desvendado por mim.
Não entrarei nesse post no mérito de analisar os quatro cavaleiros do Apocalipse do séc XIX, ou de Harnarck, que assim como você, creio que o Cristianismo é exclusivo dos Evangelhos Sinódicos. Porém, volto a concordar, falta-nos emoção, sentimento, apego ao próximo como próximo que somos.
Ainda não escolhi qual caminho seguir! Porém, isso é importante agora??

Alan B. Buchard