Nesta semana, estive acompanhando o cotidiano da política brasileira. É de se esperar, quando se fala de política no Brasil, uma desesperança e um sentimento de incapacidade diante de tanta ilegalidade, injustiça e covardia que impera no sistema governamental desse país.
A incrível declaração do relator da comissão de ética que julga o caso Edmar Moreira, Sérgio Morais, teve repercussão bombástica, mas como sempre sem nenhuma reação mais incisiva por parte do governo e muito menos por parte da população.
“Estou me lixando para a opinião pública”... É em outras palavras o mesmo que “O que importa a opinião do povo? Ninguém me tira daqui mesmo!”. São absurdos que nós, povo que vivemos num Estado Democrático de Direito, nos “acostumamos” a aceitar e permitir que se repitam.
Pior que isso (se bem que não sei se há algo pior) é ouvir o presidente de um partido que trás propostas tão libertadoras em seu discurso, insultar a consciência do povo, de forma inescrupulosa e indecente, deixando mais que perceptível a criminosa politicagem a que se submetem nossos “representantes”. É senhor Candido Vaccarezza, que vergonha!
Desesperança! É a única coisa que pulsa no coração. Como diz o grande rei do baião Luiz Gonzaga: “nossa vida é vivida em dó maior, sem sustenido nem bemol.” Não há nenhuma variação, nenhum ardor de reivindicação, de justiça, de humanidade.
Talvez a única forma de criar alguma expectativa, de reanimar a esperança, de entorpecer um pouco no intuito de aliviar a fadiga causada pelo despudorado sistema governamental, é nos atermos ao discurso escatológico.
Jonathan
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