A arte de pensar livremente

A arte de pensar livremente
Aqui somos pretensiosos escribas. Nesses pergaminhos virtuais jazem o sangue, o suor e as lágrimas dos que se propõem a pensar com autonomia. (TeHILAT HAKeMAH YIRe'aT YHWH) prov 9,10a

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Ação - Reação e Teologia da Libertação



Ação e Reação. Terceira Lei de Newton que ultrapassa os limites da física moderna, se aplicando também à História.


Na aula de Teologia e Método desse semana, foi me apresentado pelo prof Osvaldo - mesmo que superficialmente - vários conceitos sobre o desenvolvimento da história.


Dentre vários conceitos, o que mais me chamou atenção foi a linha de pensamento histórico esboçado por Dietrich Bonhoeffer. Para tal teólogo, Pr. Luterano e pensador brilhante - morto prematuramente pelo partido nazista - a história é um amontoado de possibilidades de acontecimento, que porém, assume uma única resposta: resposta que será uma reação desencadeada por uma ação dos agentes da história - Nós.


Ao analisar o discurso de Bonhoeffer, sou levado a refletir mais profundamente sobre como agimos na história, e como ela retroage sobre nós. E, consequentemente, me vejo questionando o sistema que se faz presente na história, e de como este se porta tão insensívelmente às pessoas que nele estão inseridos.


Apesar de ter começado esse texto me utilizando da visão de Bonhoeffer, quero dar ênfase a minha resposta ao sistema massacrante dos dias atuais: Teologia como Libertação...


Idealizada por homens como Gutiérrez, Leonardo Boff, David Bosch, Rubem Alves, e obtendo força estrondosa na América-Latina, os ideiais de tal teologia me impactam, não me permitindo permanecer indiferente.


Afirmo: Não entrarei nesse momento no mérito de questionar o paradoxo entre a pregação dos idealizadores de tal teologia e dos seus respectivos "cachês", como é bem lembrando pelo amigo Thiago; desejo analisar a consequencia social que dela emergue.


Pobres, marginalizados, periféricos, oprimidos... Todos vítimas do sistema que a estes ignoram, e sendo pior, massacram com sua política de não inclusão.


Tenho me proposto ao longo dos anos a debater e discutir o mundo das idéias, o cogito, a filosofia. Porém, tenho sido estimulado a largar o estudo que é estritamente relacionado ao mundo platô, para que - mesmo embrionáriamente - possa sair em defesa dos frutos considerados podres pela sociedade, e aqui, leia-se: âmbito estatal e das instituições religiosas.


Não me alargarei muito em expor a construção da "libertação" que é edificada dentro de minha cosmovisão, uma vez que farei isso ao longo de outros post, no entanto, volto a dizer: Diante de ação opositora dos sistemas sociais fechados... uma teologia como libertação que se abre para a inclusão.




"Os setores sociais explorados, as raças desprezadas, as culturas marginalizadas são o sujeito histórico de uma nova compreensão da fé." (G. Gutiérrez - "Teologia dal rovescio della storia" 1977)
Alan Buchard

2 comentários:

  1. A Teologia da Libertação vive entre nós latino-americanos, um povo que se construiu e se constroi nas diferenças... A TdL compreendeu muito bem a diversidade, pensando a Unidade.

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  2. A teologia da libertação,tem que ter uma transcedência em todas os setores do cristianismo sulamericano,inclusivel no Brasil.

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