Essa é uma afirmação budista que demonstra a necessidade de se buscar pela divindade. A busca que devemos ter de forma pessoal, sem apontamentos, receios, predições e conformismos. A busca é esperança de encontrar com o próprio Deus, sem a indolência de encontrá-lo. É o processo de busca, encontro e retorno a busca. A brincadeira do cão que corre atrás do próprio rabo. O cão corre e não pega o rabo não pela inexistência do rabo, mas pela excência antiestática do rabo. Apontando Deus nós simplesmente o limitamos, portanto se encotrar a Deus mata-o pois não é Deus, e sim a formulação de um deus que alguém lhe vende e negocia, regateia e homogeniza.
Busque, com o vento frio na face e o carinho de quem te ama nas costas. Tenha amigos, tenha amor, tenha curiosidade, tenha fé, e principalmente a ousadia da busca pela essência do cristianismo, o próprio Cristo. E quando finalmente encontrar não o venda, guarde para si, e permita que outros o encontrem. Pelo mesmo processo.
O "boca do inferno" tem uma belissima demonstração da entrega de Cristo. E em nós há entrega?
BUSCANDO A CRISTO (Gregório de Mattos Guerra - O Boca do Inferno)
A vós correndo vou, braços sagrados,
Nessa cruz sacrossanta descobertos,
Que, para receber-me, estais abertos,
E, por não castigar-me, estais cravados.
A vós, divinos olhos, eclipsados
De tanto sangue e lagrimas abertos,
Pois, para perdoar-me, estais despertos,
E, por não condenar-me, estais fechados,
A vós, pregados pés, por não deixar-me,
A vós, sangue vertido, para ungir-me,
A vós, cabeça baixa, p'ra chamar-me.
A vós, lado patente, quero unir-me,
A vós, cravos preciosos, quero atar-me,
Para ficar unido, atado e firme.
Thiago Barbosa
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