A arte de pensar livremente

A arte de pensar livremente
Aqui somos pretensiosos escribas. Nesses pergaminhos virtuais jazem o sangue, o suor e as lágrimas dos que se propõem a pensar com autonomia. (TeHILAT HAKeMAH YIRe'aT YHWH) prov 9,10a

sábado, 27 de junho de 2009

Comentando as discordâncias da "terceira queda"

“Queda por esperar o calor dos afagos da pessoa amada e esta, quando sente sua ontologia dogmática ameaçada lhe responde ríspida e secamente. Terceira queda”. (por mim mesmo)

As condições sob as quais sou compreendido, sob as quais sou necessariamente compreendido – conheço-as muito bem. Para suportar minha seriedade, minha paixão, é necessário possuir uma integridade intelectual levada aos limites extremos. Estar acostumado a viver no cimo das montanhas – e ver a imundície política e o nacionalismo abaixo de si. Ter se tornado indiferente; nunca perguntar se a verdade será útil ou prejudicial... Possuir uma inclinação – nascida da força – para questões que ninguém possui coragem de enfrentar; ousadia para o proibido; predestinação para o labirinto. Uma experiência de sete solidões. Ouvidos novos para música nova. Olhos novos para o mais distante. Uma consciência nova para verdades que até agora permaneceram mudas. E um desejo de economia em grande estilo – acumular sua força, seu entusiasmo... Auto-reverência, amor-próprio, absoluta liberdade para consigo... (Friedrich Nietzsche)


Se Bonhoeffer estava correto, Nietzsche também estava. Portanto, qual o limite que posso suportar na eterna busca da Teologia? É para esta dor que me preparo, da perda, do vazio.

O vento frio nos corta a face e gela as costas que antes eram afagadas pela ontologia. Deus está nisso? Espero que sim, para que eu não “perca a viagem”. São quatro – longos, tenebrosos, angustiantes, claustrofóbicos, causticantes, nauseantes, errôneos, perdidos, depressivos, desconstruidores e finalmente gratificantes – anos de formação/construção/preparo/resignação/esperança.

Ao final valerá a pena? Não sei. Mas terei a hombridade de assumir que tentei da forma mais aberta, rigorosa e faminta possível. Talvez a única forma verdadeiramente possível e honesta.

Na esperança do que será...

Thiago Barbosa (lendo RESISTÊNCIA E SUBMISSÃO)

Um comentário:

  1. É grande amigo... Nossos estados não são muito consoladores, mas como você, tenho esperanças no que virá!
    Só reconhece esse drama quem por ele é mau tratado...
    Não tenho palavras a consolar... Só espero que no final disso tudo, consigamos alcançar os objetivos! Ou talvez, continuar caindo...

    Alan Buchard

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