A arte de pensar livremente

A arte de pensar livremente
Aqui somos pretensiosos escribas. Nesses pergaminhos virtuais jazem o sangue, o suor e as lágrimas dos que se propõem a pensar com autonomia. (TeHILAT HAKeMAH YIRe'aT YHWH) prov 9,10a

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Se falando de "Pai contra Mãe"...

Já dizia Kierkkegard: Um dia, uma linha... Jonathan fez a parte dele. Eu faço a minha!

E como o amigo já disse do Conto de Machado de Assis, também deixo a parte que mais me marcou!

"Nem todas as crianças vingam - bateu-lhe o coração"

Fico imaginando a mente de Cândido Mendes quando o seu coração disse frase tão horrenda. Para que entendam, esse momento sucedeu à uma luta entre uma escrava que estava grávida e que Cândido mendes capturara e estava levando-a ao seu senhor. A escrava protestava, pois não queria que se filho nascesse escravo. Seu captor, Candido, não lhe dá ouvidos e em meio a uma luta - a porta da casa do dono da escrava - ela aborta. Seu filho nasce morto. Depois de cândido receber os seus vinténs, pega seu filho recem nascido - que seria dado à um orfanato - aperta-o nos braços e diz: Nem todas as crianças vigam...

Na luta para a sobrivência própria, o homem é capaz de se tornar o monstro que ele próprio lutava contra. Cândido lutando pela sobrevivência de seu filho, causa a morte do filho da escrava. E tentando explicar seu ato de homicídio, ele cunha frase tão horrenda.

Morte em prol da vida? Esse é o sistema impiedoso que nos cerca...


Alan Buchard

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