A arte de pensar livremente

A arte de pensar livremente
Aqui somos pretensiosos escribas. Nesses pergaminhos virtuais jazem o sangue, o suor e as lágrimas dos que se propõem a pensar com autonomia. (TeHILAT HAKeMAH YIRe'aT YHWH) prov 9,10a

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Falácias ditas para enganar - Sobre bois e boiadeiros

Principiando este “post” abordo um texto ímpar do também impar Israel Belo de Azevedo. O texto trata de “falácias ditas para enganar”, este é o título e o assunto abordado, as inverdades ditas aos “candidatos a ministros” que ganham força e corpo simbólico de um deus raquítico e maltrapilho, mas apresentado por “antigos ministros” com força titânica dos três “sacro-onis” (onipresença, onipotência e onisciência).

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O ponto que comento aqui é o exposto como sendo a FALÁCIA I – NO MINISTÉRIO, TEOLOGIA NÃO É FUNDAMENTAL.

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Israel utiliza-se de apontamentos dignos de um psiquiatra legitimamente freudiano para descrever o que rege tal fala.

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“Tenho visto, que, em muitas circunstâncias aqueles que vociferam contra o valor do estudo bem cuidado da teologia são os mesmos que se orgulhar de sua erudição e sua biblioteca. Talvez tenham medo”.

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“Não sigamos os seus conselhos desonestos. Fiquemos com o apóstolo Paulo que, para onde ia carregava sua biblioteca, ele que vira a Jesus e se encontrara com o Pai no último dos céus”.

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“Coloquemos no serviço o saber que granjeamos. Não o usemos para nós mesmos, mas para os outros. Seja o nosso argumento o argumento do diálogo entre parceiros e não o de uma pretensa autoridade pastoral, que se volatilizará quando o outro lhe der as costas. Só permanecerá o argumento brotado da informação ampla sobre o assunto do debate, exposto com o bisturi da razão e mediado com a clareza da honestidade. O outro será apenas um tributo à ignorância”.

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Se existe uma ponta de verdade no apontamento profético de Zé Ramalho é que tentaram calar a massa que somos nós. Mas existem os subversivos, os rebeldes, os livres; aqueles que se indispõem com a massa que se torna a Eclésia. Agora as ovelhas são gados, mas o problema é a luta entre o gado que se tornou selvagem ao conhecer a liberdade e os boiadeiros que teimam em obscurecer a visão “idealista” do gado selvagem.

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Vocês que fazem parte dessa massa
Que passa nos projetos do futuro
É duro tanto ter que caminhar
E dar muito mais do que receber...

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E ter que demonstrar sua coragem
À margem do que possa parecer
E ver que toda essa engrenagem
Já sente a ferrugem lhe comer...

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Êeeeeh! Oh! Oh!
Vida de gado
Povo marcado
Êh!
Povo feliz!...

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Ainda nos resta conclamar o gado selvagem a vestir a camisa do idealismo, afinal, a morte chegará, portanto, que a morte chegue por algo que realmente vale a pena, a sinceridade pessoal do idealismo vivido até a última gota. E se no fim ainda formos gado, que sejamos selvagens bisões que desconhecem sua própria força, mas que ao visualizar a amplitude dos horizontes das pradarias não há força humana que detenha a manada.

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Thiago Barbosa

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