A arte de pensar livremente

A arte de pensar livremente
Aqui somos pretensiosos escribas. Nesses pergaminhos virtuais jazem o sangue, o suor e as lágrimas dos que se propõem a pensar com autonomia. (TeHILAT HAKeMAH YIRe'aT YHWH) prov 9,10a

segunda-feira, 8 de março de 2010

Quando Nietzsche pensou sobre amizade...

Se se quiser ter um amigo, é preciso também guerrear por ele; e para guerrear é mister poder ser inimigo.
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É preciso honrar no amigo o inimigo. Podes aproximar-te do teu amigo sem passar para o seu bando? No amigo deve-se ver o melhor inimigo. Com teu coração, deves estar o mais próximo possível dele quando lhe opões resistência.
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Gostarias de não trazer vestimenta alguma diante dele? Deve ser uma honra para o teu amigo que te mostres a ele tal qual és? Pois é por isso que ele te manda para o diabo!
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Já viste dormir o teu amigo, para saberes como ele é? Qual é então, a cara do teu amigo? É a tua própria cara num espelho tosco e imperfeito.
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O amigo deve ser mestre na adivinhaçõa e no silêncio: não deves quere ver tudo. O teu sonho deve revelar-te o que faz o teu amigo durante a vigília. Seja a tua compaixão uma adivinhação, é mister que, primeiro que tudo, saibas se o teu amigo quer compaixão.
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Serás tu para o teu amigo ar puro e soledade, pão e remédio? Há quem não possa desatar as suas próprias cadeias e todavia seja salvador do amigo.
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És escravo? Então não podes ser amigo.
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És tirano? Então não podes ter amigo.
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Existe a camaradagem. Tomara que exista a amizade.
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Assim falava Zaratustra...
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Amém...rs...(obrigado Diogo, Thiaguinho e Cidão)
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Thiago Barbosa

Um comentário:

  1. Quantos amigos, então temos? Ou, dito de outro modo, temos, então, amigos?

    Ah, Zaratustra, dura é essa tua palavra. Deixa-nos ainda mais sós do que antes de te ler...

    Mas, se eu pensar bem, talvez eu tenha cá algum molho franzino de amigos. Não daria para fazer uma festa, juntando-nos a todos, mas, certamente, daria para, numa referência ao Evangelho, pôr Jesus ali...

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