A arte de pensar livremente

A arte de pensar livremente
Aqui somos pretensiosos escribas. Nesses pergaminhos virtuais jazem o sangue, o suor e as lágrimas dos que se propõem a pensar com autonomia. (TeHILAT HAKeMAH YIRe'aT YHWH) prov 9,10a

sábado, 27 de março de 2010

Olhar para a colina sob a perspectiva do "alto"

A brincadeira é a seguinte:
Osvaldo Luiz Ribeiro, coordenador da FABAT propôs uma brincadeira no blog oficial da coordenação...
1 - Qual será a perspectiva certa para, desde ela, olharmos a colina?








1.1 - Podemos considerar que é possível nos colocarmos nessa exata posição? (Diz ele que a resposta está na foto acima)
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Bem caro professor/coordenador-blogueiro, sua resposta (foto ideal) apresenta um apontamento imediato e penso ser a foto acima a perspectativa, repleta de esperança, desejo, vontade, ideologia e idealismos humanos. A vontade e o desejo de que o "sagrado", o "divino", "Deus", nos veja no centro de seu "horizonte metafisico" é, em perspectiva real, construto humano. Assumindo assim que o "centro de um horizonte metafisico" seja nossa vontade, e assumindo a realidade árdua de que não podemos conhecer, em aspecto real, as vontades divinas, estar com nossa colina na centralidade dos olhos de Deus é nossa esperança, nossos mais puros desejos, nossos mais ardentes anseios, e, infelizmente ou felizmente, não passam disso; esperança, desejo e anseio de que nossas vontades sejam a vontade de Deus.
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Para que não me denominem como "estraga prazeres", penso que esses sentimentos à respeito de Deus é que refletem nossas perspectivas sobre o "sagrado". Ver a colina no "centro dos horizontes divinos", penso ser necessário um exercício de expeculação que se dá sob a leitura do texto alocado em 1 João 4:20.
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Tomando a foto apresentada pelo professor Osvaldo como clímax da "Colina" para com Deus, creio ser necessário reconstruir os passos que nos levaram à tal sonhada condição. Para chegarmos a determinado local passamos por vários outros, nesse aspecto busco reconstruir a caminhada especulativa para o ápice da foto-tipo.
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1 - Olhar o mundo de uma forma globalizada, holística, sem pretensão de ser o centro das atenções.

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2 - É necessário observarmos a importância de nos tornarmos relevantes, no mínimo, regionalmente.


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3 - a)morro da formiga b)morro do salgueiro c) morro do borel

Perceber a real necessidade de sermos relevantes nas comunidades que nos cercam, carentes ou não, e na perspectiva das comunidades, de fé ou sociais, mostrarmos a identidade do "sagrado" como espelhos que refletem o objeto adiante de si.




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4 - Perdermos a esterilidade dos números em nossas congregações e observarmos a magnânima força que emana ausência de números. Enfim, notaremos que a força, gigantesca força, emana dos nomes, e não dos números.



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5 -Após seguir os sinais deixados na trilha para não nos perdermos na floresta de enganos, engodos, pântanos de egocentrismo, fétidos lamaçais dos declínios de caráter, das perspectivas financeiras. Quando enfim encontrarmos em nós mesmos necessidades e almejos, veremos que em nós mesmos há a possibilidade de, enfim, lermos 1 João 4:21.
Nesse dia, em que finalmente estaremos nus de nós mesmos olharemos para o alto.


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6 - aí, nesse fatídico dia, olhares do símbolo e do real, divindades metafísicamente oculta e humanamente concebida se entreolharão. Só então entenderemos a perspectiva da foto de uma Fabat "centralizada no horizonte metafísico" e só então, nesse feliz e interminável dia entenderemos o suspiro que emanou dos águas que entrecortaram o cáustico Israel: Este é meu filho amado em quem me comprazo (Mt 3:17b)





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Thiago Barbosa

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