A arte de pensar livremente

A arte de pensar livremente
Aqui somos pretensiosos escribas. Nesses pergaminhos virtuais jazem o sangue, o suor e as lágrimas dos que se propõem a pensar com autonomia. (TeHILAT HAKeMAH YIRe'aT YHWH) prov 9,10a

quinta-feira, 25 de março de 2010

Da velhice


Dedico este post ao amigo Jonathan, que em sua epifania saudosa, lamenta os anos que antes almejava. Furto-me do título da carta XII do filósofo Sêneca, e copio no título. Creio que retratará bem a situação.

"Devo isto à minha vila: onde quer que eu fosse, parecia-me evidente a minha velhice. Abarquemos e amemos a velhice: é cheia de prazeres, se sabermos fazer uso dela. Agradabilíssimo são os frutos de fim de estação; a infância é mais bela quando está por terminar; o último gole de vinho é o mais agradável aos que gostam de beber, aquele que entorpece, que dá à embriaguez o impulso final. De cada prazer, o melhor é o fim. É doce a idade avançada, mas não ainda sob a decrepitude, e também eu penso que o período extremo da vida tem os seus prazeres ou, ao menos, no lugar dos prazeres, não sentir mais necessidade deles. como é doce ter se cansado e abandonado os desejos!" (Sêneca, carta XII)

Se isso lhe servir de algo grande amigo, fico feliz em lhe trazer às reflexões dos filósofos epicuristas e estóicos, mas ora, você também pode encontrar na sapicientalidade do livro de eclesiáste, apesar do "pregador" tender mais para o lado do Niilismo. Por ora, reflita. Nunca é tão tarde para fazer o eterno retorno.

PS: Digo aos amigos que voltarei a estar presente em suas discussões, finalmente retornei ao mundo cybernetico.
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Alan Buchard

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