As palavras abaixo selecionadas foram pinçadas do Blog de Dilma Roussef (http://dilma13.blogspot.com/2009/09/golpe-em-honduras.html) – “destaquei em rosa como apoio às mulheres”...rs...
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Trinta anos depois, Honduras está revivendo 1968 no Brasil. Destituíram um presidente eleito pelo povo, baixaram decretos suspendendo os direitos individuais, principalmente de livre expressão. Censuraram a imprensa, fecharam rádios e TVs. Exatamente como ocorreu após o AI-5 no Brasil. O exército está nas ruas, o toque de recolher impede as pessoas de ir e vir. Cidadãos são ameaçados, agredidos e mortos. Por que isso está ocorrendo em Honduras? Porque o presidente eleito pelo povo queria fazer um referendo, uma consulta à população para saber se o povo hondurenho concordava com uma nova Constituição, mas principalmente porque o presidente eleito, Zelaya, estava fazendo um governo voltado para os mais pobres, para os mais necessitados. A direita, as elites, lá como aqui, não admitiram ceder privilégios, não admitiu uma parte das riquezas do país para diminuir a desigualdade social. Lá como aqui terras e mais terras improdutivas esperavam valorização no mercado para serem negociadas. A terra fértil servia apenas ao capital especulativo. Foi contra esse tipo de ditadura violenta, pela liberdade de expressão e reunião, pelo fim da censura, pela liberdade de imprensa, por justiça social, que muitos de nós lutamos nos anos de chumbo. Foi por isso que muitos foram presos, torturados e mortos nos porões da ditadura. Hoje temos um Brasil livre e soberano graças aos companheiros que foram presos, torturados, mas nunca desistiram de lutar pelo bem do Brasil, para o bem do povo brasileiro. O presidente Lula, a ministra Dilma, o ex-ministro Dirceu, são alguns desses companheiros, heróis brasileiros dos anos chumbo. No Brasil, a ditadura militar, a opressão, a violência e a tortura, tão condenada pela ONU, pela OEA, por governantes de todo o mundo, contou aqui com apoio político, logístico e financeiro dos EUA. A CIA dava treinamento de tortura para o nosso exército. Espero sinceramente que os EUA não repitam agora, em Honduras, o erro de apoiar militares golpistas repudiados por todo o mundo civilizado. (Jussara Seixas).
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O que me incomoda nessa analise das “novas” formas de autoritarismos e desmandos – que de novo não têm nada – imagino como o autoritarismo e desmandos rondam o que se intitularam “homens de Deus”.
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Pastores não são cargos que se instituem ao findar um curso de teologia ou mesmo se fazem por suas aprovações nos famigerados “concílios”, comuns principalmente entre nós Batistas. Aqui desabafo e novamente me faço saudosista, saudade de uma pessoa que se mostra de suma importância na minha construção não apenas como cristão, mas principalmente como humano. Aqui me relembro com um saudosismo de MEU PASTOR, Eduardo Shiloah Vasconcelos.
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Os que me conhecem nessa inicial busca pelo cálice sagrado da teologia, vários dos colegas que acompanham minhas elucubrações nesta página devem estar boquiabertos, afinal não sou um sonho de ovelha, e o rigor crítico ao qual me proponho – e penso ser o ideal na construção de um caminho próprio na teologia – não permite que eu apóie os desmandos autoritários daqueles que se impõem como pastores.
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Minha admiração por este que assumo em minha pessoalidade ser um “homem de Deus” são duas afirmações que fazem com que este verdadeiro pastor assuma um preço demasiadamente alto pela consciência e liberdade de suas ovelhas.
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1 – “O líder se faz pela confiança que inspira em seus liderados”. É Shiloah, o autoritarismo ainda impera, salvo raríssimas – e põe raríssimas nisso – exceções. Pastores não se assumem como auxiliares na busca eterna do cristianismo autêntico, mas se apresentam como o único caminho – eles sendo o único caminho – detentores de uma verdade caquética e obscura, imersa em prepotência e recoberta pela arrogância digna de Hitler, Mao Tse Tung, Stálin, ou mesmo os nossos generais brazucas da ditadura nacional. Um passado recente e que teima em se perpetuar. Quem diria nas igrejas...
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2 – “A minha realização como pastor se dará quando a igreja me chamar “apenas” por Irmão Eduardo”. A beleza está em assumir a humanidade de nosso “EU”, permitindo que todos na comunidade se auxiliem na eterna busca por Deus. Tal afirmação é assumir nossa imperfeição e mediocridade, assumirmos nossas falhas, assumirmos sermos humanos e ver a beleza de ser humano e não um “semideus” instituído humanamente preenchido por um ego colossal.
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Ore por mim “Irmão Eduardo”, para que eu possa encontrar a beleza da humanidade igualitária, desprovida dos egos “devoradores” de púlpitos. Ore por mim para que, se seja eu líder, seja por confiança de meus iguais, e nunca por autoritarismo. Caso contrário, devemos nós canonizar Lutero, queimar nossas confissões de fé e assumirmos a Bula papal da SANTA INQUISIÇÃO, que ainda ronda e ruge para nós, os protestantes. Deus me mantenha protestante.
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Thiago Barbosa
the second coming of yong SHILOAH
ResponderExcluirof RIO CBB from BRASIL IBC
I be wait for....
Kisses of little friend but a BIG BROTHER
Thiago
Tributo e honra em vida. Isso ai.
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