Levando em consideração a máxima de que a reflexão filosófica nasce do espanto, ou seja, acontece quando algo interfere de tal forma na realidade causando terror, assombro, fico a pensar.
O resultado desse impacto é a reflexão, a curiosidade, a vontade de compreender, de reler, de reinterpretar o sentido das “coisas” que fazem parte do viver.
Parece não ser diferente no campo da teologia. Certamente os teólogos alemães, considerados os mais profícuos depois dos gregos, justamente por “ressurgir” a essência desse antigo povo oriental, foram provavelmente influenciados em seus pensamentos pelos acontecimentos do início do século XX. . Acontecimentos esses que não só repercutiram na Alemanha, mas por todo o mundo. Falo da primeira guerra mundial.
Se a reflexão surge da abstração em face de fenômenos influenciando a realidade, penso ser oportuna a possibilidade de fazermos uma releitura teológica dos fenômenos que surgem em nosso solo. A teologia não está desvinculada do cotidiano, não é um pensar alienado
Entendo ser de grande importância o teologizar de forma produtiva e comprometida com a consciência. É necessário refletir a respeito de feitos religiosos que enclausuram a fé e encerram-na na prisão de nossas aspirações egoístas.
De que precisamos? De uma teologia libertadora, que nos liberte do opressor? Ou precisamos de uma teologia que nos liberte de nós mesmos?
Jonathan
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