A arte de pensar livremente

A arte de pensar livremente
Aqui somos pretensiosos escribas. Nesses pergaminhos virtuais jazem o sangue, o suor e as lágrimas dos que se propõem a pensar com autonomia. (TeHILAT HAKeMAH YIRe'aT YHWH) prov 9,10a

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Sobre a vocação e os vocacionados.

Deus seja louvado pelo ctrl-c ctrl-v. Mais uma vez um texto que desperta interesse e meditação, ao menos no fragmento selecionado, pode nos mostrar uma perspectiva para os cursos de teologia, que em essência, estão e estarão intimamente atrelados à pastoral, à doutrinação, à sistematização da fé e da instituicionalização da filosofia cristã.

Que possamos meditar sobre a "nossa" vocação e a pessoalidade de nosso chamado, novamente com Osvlado Luiz Ribeiro.
segue o link para o post completo - http://peroratio.blogspot.com/2009/11/2009702-se-ano-que-vem-for-ano-que-vem.html




6. Já a pastoral, ei-la gritando nas livrarias: auto-ajuda. Se, por um lado, eu gostaria de pensar rogerianamente, o fato é que as pessoas, aos milhares, aos milhões, aos bilhões, precisam de ajuda. Para mim, a pastoral é isso - e nada mais do que isso. Ajuda e serviço às pessoas. O véu mítico, místico, mágico, teológico, dessa pastoral, vá lá, é a transposição do pathos da caridade para a ordem da imposição profética: cuidar das viúvas... Não preciso - e se preciso, algo deve estar profundamente errado comigo - imaginar que Deus me mande fazer caridade. É a necessidade do outro que deve me vocacionar. Um pastor não é vocacionado por Deus - vocaciona-o a face das gentes. Se é Deus a vocacioná-lo, não são as pessoas seu foco...

7. Nesse sentido, a crítica, a academia, as ciências, de modo geral, são ferramentas relevantes para a pastoral. O lenga-lenga doutrinário/confessional pode ser perfeitamente secundarizado (não chegarei, ainda, a dizer, abandonado...). Com o tempo, quando a pastoral olhar para o rosto do homem, e não para o rosto de Deus, verá que a vocação permanece... e mais autêntica.

A pergunta que permito me fazer nesse momento é: onde se focaliza nosso "chamado"? Sei que a abordagem supracitada não questiona Deus, mas sim a minha relação subserviente a um Deus totalmente imaginário (por ter sido idealizado por outros e não pela pessoalidade humana), de forma que a força motora de ação e intenção dessa vocação (o homem) passa a se apresentar em ultima análise, distante e moribunda, na realidade vocacional. Afinal, como podes amar a Deus que não vê, e não amas a seu irmão que está vendo?

Que sempre vejamos a Deus, no fundo dos olhos lacrimosos da gente necessitada.


Thiago Barbosa

3 comentários:

  1. escrevi um texto gigantesco11
    buáááá´
    não consegui postar =/

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  2. Agora entendi... foi porque não copiei aquelas letrinhas aff.
    Meu comentário foi sobre a dissociação de fé e Deus. Porém, hoje, não estou mais inspirada para comentar como fiz ontem.

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  3. bom priscila, agora que á se enturmou com o sistema de postagem de comentários, estamos esperando suas inspiradas participações...
    um abraço e aguardaremos contato...

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