A arte de pensar livremente

A arte de pensar livremente
Aqui somos pretensiosos escribas. Nesses pergaminhos virtuais jazem o sangue, o suor e as lágrimas dos que se propõem a pensar com autonomia. (TeHILAT HAKeMAH YIRe'aT YHWH) prov 9,10a

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Falo...

Cristianismo.

Quando se tenta definir essa palavra, ou ao menos entendê-la, a primeira idéia ou sentido que vem à mente é de uma religião que crê e presta culto a um homem judeu chamado Jesus.
Já estou cheio  de  confessar que o cristianismo se tornou uma religião, e como toda a religião, uma máquina defeituosa que tenta responder aos questionamentos do homem. Cristianismo se reduziu à um agrupamento de pessoas que tem sua filosofia de vida “platonicamente aprendida”, que se consideram “santas”( no sentido de serem mais puras do que os que não compartilham da mesma fé) e assim, cria-se um circulo fechado, manipulado e deprimente.
Além disso, pressupõe-se de qualquer religião que tenha um fundador, uma prática subordinada a diretrizes, um conjunto de preceitos a serem seguidos. Nesse sentido, o cristianismo, principalmente o de confissão protestante, demonstra suas lacunas quando não se compromete legitimamente com seu ideal:  ideal que fez com que o homem Jesus se entregasse para morrer.
“Não é assim que aprendemos de Cristo...”. Cristianismo é muito mais que um conjunto de regras a ser seguido, é muito mais do que estar num lugar e cantar musiquinhas, fazer ofertório, sentar-se para ouvir uma “palestra”, dar algumas cestas básicas e pensar ter feito “uma grande obra”.  Falar...falar e falar, como uma maquininha reprodutora de lições bíblicas tentando convencer os “ímpios”  a aceitar sua religião, e falo religião porque não se proporciona uma aproximação do não crente à mensagem libertadora do Cristo. Sim, meus amigos, Cristianismo é muito mais que isso, ou não tem nada a ver com isso!
Para mim Cristianismo é experimentar vida de uma forma transcendente sem fugir do real, é viver o milagre da lapidação do caráter, é sentir-se filho de Alguém que tudo pode, é obedecer ao Pai por amor e não por obrigação, é querer o bem do outro sem tolher-lhe a liberdade, é ter prazer nas coisas simples vendo nelas a grandeza do criador, é saber que nos momentos mais difíceis não estamos sozinhos, é doar sem querer em troca, é transpor qualquer barreira preconceituosa,  é romper com as tradições que são como fardos desnecessários...
Isso é uma tentativa de colocar meu pensamento (nessa fase) com respeito a fé. Entendo necessitar de um retorno a essência, uma genuina Reforma...
E que continuemos a refletir!
 
  Jonathan