A arte de pensar livremente

A arte de pensar livremente
Aqui somos pretensiosos escribas. Nesses pergaminhos virtuais jazem o sangue, o suor e as lágrimas dos que se propõem a pensar com autonomia. (TeHILAT HAKeMAH YIRe'aT YHWH) prov 9,10a

sábado, 4 de julho de 2009

Que desse mal a gente não sofra...

"Os que estão em cima raramente empreendem coisas diferentes. Não lhes interessa mudar as coisas. O poder e a riqueza são benevolentes para com aqueles que os possuem." (O que é Religião, p. 43)
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O que almejamos com um curso superior, a não ser conhecimento, e junto deste a projeção social? O que queremos além de ascendermos à pos~ição de líderes, seja em qual esfera for?
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Lutamos para que assim como nos possibilitaram a mudança da mentalidade de criança para enxergarmos o mundo a volta com seriedade - visualizando transformações - e responsabilidade - para suportar as consequências -, possamos possibilitar a outros uma nova cosmovisão, se assim desejarem.
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Porém, questiono: Uma vez estando a frente de um grupo, consideraríamos as pessoas como "massa" - que facilmente se manipula -, ou seres humanos dotados de entendimento e racionalidade? Empreenderíamos as mudanças que tanto sonhamos em nossa formação, ou nos manteríamos metafóricos devido às exigências de um sistema?
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Mesmo não tendo condição de responder a essa questão no presente momento, cabe-me lamentar a situação que nos encontramos. Os "grandes" e "poderosos" que foram agraciados com as indulgências da riqueza e do poderio, sofreram recalque. Destes, não há muita esperança de transformação.
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Revoltante, contudo, é enxergar que esses poderosos só ascenderam porque nos conferimos a estes, essa posição; e que se não fosse o consentimento positivo dos "liderados", a realidade seria diferente.
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Lamentável situação. Quero crer que essa perversão não me atinja, nem aos demais amigos sustentadores desse blog. E se caso essa perversão tomar conta de nós, o leitor terá todo o direito de se revoltar para que quem estiver no comando abdique.
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Alan Buchard

2 comentários:

  1. Nesse momento me lembro de um feliz comentario feito em sala de aula. A mesma teologia que sustentou o opio de Karl Marx, possibilita que surja uma teologia como cafeina libertacionista.

    Estou em ferias, em estado de torpor. porem nunca em extincao total das atividades, leio e me preparo...

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  2. Longos anos serão de preparação! E que durante essa prepação e pós ela, sim, amigo thiago, a cafeína possa fazer seu efeito excitante e nos possibilitar uma libertação.

    Libertação aos moldes absolutamente serios de Bonhoeffer...

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