Ao iniciar uma nova caminhada, em uma nova direção, no caminho de “humano, demasiado humano”, torno-me, também, mais sensível as coisas de “humano”. A Tristeza que antes era “opressão”, hoje, no entanto, é sentida e acolhida no íntimo como um ente familiar. Não tenho mais aquele medo de antes e nem tento demonizá-la. Simplesmente deixo-a entrar, ponho-me a dialogar com a, agora, companheira de caminhada. Assim que ela termina sua pousada, depois de uma demorada prosa, vai-se calada. Às vezes nem a vejo ir. Amiúde deixa-me com gana pela bela arte: música, poesia... e, dessa vez, deixou-me com desejo de palavras douradas, as que corroboram o aprendizado com a Tristeza. Deus pode ser o lugar onde tudo começa. Diga Drummond:
Deus Triste
Deus é triste. Domingo descobri que Deus é triste pela semana afora e além do tempo. A solidão de Deus é incomparável. Deus não está diante de Deus. Está sempre em si mesmo e cobre tudo tristinfinitamente. A tristeza de Deus é como Deus: eterna. Deus criou triste. Outra fonte não tem a tristeza do homem.
Carlos Drummond
Deus é triste. Domingo descobri que Deus é triste pela semana afora e além do tempo. A solidão de Deus é incomparável. Deus não está diante de Deus. Está sempre em si mesmo e cobre tudo tristinfinitamente. A tristeza de Deus é como Deus: eterna. Deus criou triste. Outra fonte não tem a tristeza do homem.
Carlos Drummond
Jonathan
Belíssimas palavras meu querido amigo...
ResponderExcluirSempre poeta! Quisera eu ser tão poeta assim... Tentamos né?!
Grande abraços