Li
um artigo no site da UMESP a proposição que representa as tensões do campo das
ideias nos dias de hoje: a verdade como “adequação do enunciado à coisa”.
Tratava-se, na verdade, de um questionamento sobre a absolutização da “verdade
da fé”, isto é, a verificação de um certo “comportamento violento” no ambiente
da fé cristã. Violência porque uma verdade “absoluta”, nos termos da metafísica
clássica, “exclui” outras possibilidades de verdade.
Em
primeiro lugar, ele propõe uma crítica a essa “verdade por adequação”. Depois
afirma ser a linguagem o “mediador” da compreensão do real. Usa o conceito de
Tillich para tratar da fé - uma “preocupação última” - e pondera no final com
uma proposta que articula as duas ideias, afirmando que podemos ser “menos
violentos”.
Ficou
claro para mim no final: para a pós-modernidade, e agora no ambiente cristão,
verdade é interpretação, possibilidade. Nada tem “estruturas fixas”. Tudo
depende da “dinâmica história” e da hermenêutica.
Tudo
bem. Acho que nesse sentido, para o ambiente da fé, é importante considerar que
nossa linguagem simbólica não é “em si” o que ela representa, para o que ela
aponta. Isso nos impede de lograr o título de idólatras e permite manter aceso
o “princípio protestante”.
No
entanto, levanto algumas questões numa reflexão simples, pra não dizer
simplória :
1) Não
seria a proposta outra violência, já que NÃO se pode dizer que sua verdade é
mais verdade que a dos outros?
2) Se
a nossa apreensão do real é interpretação e, sendo assim, depende totalmente da
“razão que interpreta”, existe o real?
3) Se
o rela existe, podemos ou não “saber”?
4) Se
o real não existe, o que existe?
Apesar de ser muito
simpático a essa corrente, tenho algumas “estruturas” que, ainda, não querem se
mexer...
Jonathan
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