Novamente o Brasil dá demonstrações de sua diversidade. Caso nosso "sangue", nosso código genético, já não fosse prova suficiente dessa mescla bela das possibilidades do gene, agora vemos que o monopólio religioso também esfacela-se em nossa nação. Os grupos tornam-se mais heterogêneos, dispersos, com ascenção até dos que não se agregam às religiões ou igrejas denominacionais. Os dados podem ser conferidos com mais acuidade acessando http://www.fgv.br/cps/religiao/.
Fato importante é notarmos como Max Weber é atualíssimo, mesmo após anos, mesmo após séculos, seu Ética Protestante e o Espírito Capitalista nos abre os olhos sobre os crescimento dos evangélicos. Seremos a próxima religião de STATUS QUO no solo brasileiro? O custo para se atingir esse STATUS QUO não será alto demais, à ponto de se perder a identidade primária? Quanto a isso há uma possibilidade fortíssima, as religiões mostram-se com mais representação na sociedade, grupos antes nem mesmo contabilizados já apresentam sua fatia de fiéis. Evangélicos crescem, e outros grupos tidos como minoritários também.
Aí está o carater religioso dos latinos, sumamente dos brasileiros, os pastos mudam, os pastores também, mas as ovelhas; as ovelhas permanecem, hora pastoreadas por católicos, hora por protestantes/evangélicos, hora por grupos afros, orientiais e ou mesmo pela ciência, mas as ovelhas continuam procurando onde pastar. Temo só que, ao invés de usarem apenas a lã, os líderes do novo mapa religioso queiram a carne, o sangue, a vida de suas ovelhas, ou em termos "weberianos" o seu capital. Uma relação "vampiresca" de sugar-lhes a essência e cuspír os corpos vazios. Afinal, religião que religa, não esvazia ninguém, antes enche de vida, esperança, espectativa, de que dias melhores virão, de que a libertação virá, e que, mesmo na infinda diversidade brasileira, ainda poderemos conviver em paz, de uma vez por todas.
De qualquer modo deixo o comentário de Marcelo Neri (FGV/cps) para nos inserir melhor nas análises estatísticas do Brasil religioso.
Thiago Barbosa
Apesár de todos os problemas das igrejas brasileiras e da midia excessiva e pastores capitalistas que são verdaderios pop stars golpel, mesmo com esse quadro, vejo uma verdadeira revolução na internet , nos blogs e sites de relacionamento condenando essa prática capistalista , quem nem de longe lembra cristianismo
ResponderExcluirTEM UM PASTOR EM CRISE QUE NÃO ACREDITA EM MAIS NADA.
ResponderExcluirNÃO CRE NA VOLTA DE CRISTO, NA INAUGURAÇÃO DO REINO DE DEUS,
NA IGREJA, NA SOBERANIA DE DEUS ENFIM ISSO É MITO ETC.
MAS EU PERGUNTO AS PESSOAS DA IGREJA DELE PRECISAM DE PASTOR?
ELE SÓ NÃO PERDEU A FÉ EM SUA PROFISSÃO... PASTOR
Obrigado aos comentários anônimos, mesmo o anonimato pode nos render boas discussões.rs...
ResponderExcluirA grande maioria dos pastores não passam por crises sobre as "crenças" de acharem tudo mito. Isso é fato, ao menos em grande parte deles, basta analisarmos seus discursos. Caso ele tenha essas indagações, que creio sejam honestas e até pertinentes, sua crise não é quanto ao pastoreio, mas quanto à sua crença dogmática do cristianismo. O pastoreio é o cuidado das vidas, das pessoas, dando-se a conhecê-las e conhecendo-as. Assim sendo,penso que essas crises talvez fossem até muito produtivas, afinal, um pouco de incerteza sempre agrega humildade ao espírito humano.
Mas certo é que há esperança. Há ainda aqueles que não se entregaram aos meios mais fáceis, aos que não se apresentam prepotentes e donos da verdade, e não são poucos, talvez estejam apenas desarticulados. E esses não interessam à mídia, não vão ao promessas. Esses dividem suas dúvidas com seus companheiros, amigos-ovelhas, mas sua força motriz ainda está no Cristo Libertador, e na vida das pessoas que estão caminhando, juntos, até à eternidade.
Há esperança.
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ResponderExcluirCresce no brasil os evangélicos, mas muito pouco há de cristãos. O evangelho que faz das pessoas coisa, objeto não pode ser cristão.
ResponderExcluirLeanderson_Pr.
Leanderson, sua participação é muitíssimo importante, obrigado.
ResponderExcluirCOncordo que a vocação daqueles que se dispõem ao ministério não parece que seja as pessoas, as gentes. Antes me parece uma abordagem do ministério como emprego, onde as vidas tornam-se números, dados, em uma planílha mensal de gastos, ganhos ou manutenção. Contabiliza-se conversões, contabiliza-se curas, milagres, prodígios, bençãos, promessas. Tudo contabilizado, como em uma caderneta de uma velho senhor dono de "botequim".
A esperança é que aqueles que ainda se sentem chamados para as "gentes", as pessoas, se unam, e mostrem-se, pois parecem se esconder. Novamente a esperança de Deus está sobre os homens, que se dão aos homens.
Na esperança que excede todo entendimento.