A arte de pensar livremente

A arte de pensar livremente
Aqui somos pretensiosos escribas. Nesses pergaminhos virtuais jazem o sangue, o suor e as lágrimas dos que se propõem a pensar com autonomia. (TeHILAT HAKeMAH YIRe'aT YHWH) prov 9,10a

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Arfando contra os monopólios ministeriais


A indignação me causa uma lacuna no peito, principalmente se esta indignação me vem aos olhos do lugar onde se espera consolo, cuidado, esperança, da IGREJA.

Por vezes me pego questionando a passividade de um Deus que vê megalomaníacos usarem das pessoas para construir verdadeiros impérios, usam pessoas como trampolins ministeriais, têm na IGREJA uma percepção de posse, domínio, comando, e nunca de doação própria para os outros, cuidado, afago, carinho.

Para manter-me apegado à metáfora (que não gosto) da ovelha. Uma ovelha que no aprisco é espancada volta? Claro, mas apenas quando não se sabe o que é carinho, ou ainda quando as agressões são passadas como carinho, cuidado. O Cajado, tanto apregoado como aparelho de correção, lembrem-se, é na verdade um material de apoio para longas caminhadas ao lado das ovelhas, bem como sua curvatura em uma das pontas serve para aproximar as ovelhas de seu pastor, para juntos, ovelhas e pastor, caminharem em busca de lugares calmos, pastos verdejantes e aguas calmas, apaziguadoras.

Métodos, americanos ou não, não nos ensinam a caminhar com pessoas, mas a contá-las, contabilizá-las.Afinal, para o cuidado não há fórmula secreta, apenas disposição para estar lado a lado, prontos para a difícil sina humana de viver. 

Mas ainda nos resta esperança, sempre há esperança, enquanto ainda houver fôlego nessas almas viventes. Mas, que juntamente com a esperança, nos venha também coragem para fazer o que for necessário. Para que os monopólios ministeriais conheçam a sua derrocada, e que o evangelho seja puro e simples, como o foi nas palavras de certo judeu, que mesmo em meio a um sistema que oprimia o povo, as ovelhas, trouxe-nos força e esperança para a libertação, eterna libertação.

Thiago Barbosa

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