tag:blogger.com,1999:blog-12183110664362162722024-02-07T10:34:51.371-08:00Cristianismo LivreCristianismo Livrehttp://www.blogger.com/profile/12824907023540974471noreply@blogger.comBlogger294125tag:blogger.com,1999:blog-1218311066436216272.post-10172130562531588042017-11-29T18:12:00.001-08:002017-11-29T18:12:13.411-08:00Cristianismo Livre: Quem é Jesus?<a href="http://cristianismolivre.blogspot.com.br/2012/04/quem-e-jesus.html?m=1">Cristianismo Livre: Quem é Jesus?</a>Thiago Barbosahttp://www.blogger.com/profile/09728367835500836652noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1218311066436216272.post-14628293634603270212013-02-08T07:57:00.001-08:002013-02-08T07:57:25.989-08:00Sobre crítica da tradição
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEik88m7iyFkWE6STGRHF2A59NPqUVOKRL_tVWw0oWKXMyzqxo303h4NDnMLneMb1FuphSlLRtEVY23xHQknGkkcU75ejE9wrp4dJFyPXBMBZWccmmmGRRSXMj7TwbhsnsfkFmhYG3a1KD4/s1600/ABALO+SISMICO.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEik88m7iyFkWE6STGRHF2A59NPqUVOKRL_tVWw0oWKXMyzqxo303h4NDnMLneMb1FuphSlLRtEVY23xHQknGkkcU75ejE9wrp4dJFyPXBMBZWccmmmGRRSXMj7TwbhsnsfkFmhYG3a1KD4/s1600/ABALO+SISMICO.jpg" /></a><br />
<br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Muitos
conservadores, principalmente cristão, tem sérios problemas com a chamada "crítica das tradições".
Confesso que em certa medida compreendo sua preocupação. Digo isso, pois, em
sua maioria, os “críticos” da tradição se põem não a desestabilizar seu objeto
de crítica, mas a inculcar uma nova espécie de tradição/ideologia, comprometida
totalmente com seus umbigos.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas,
não é por isso que se deva, penso eu, demonizar a atitude crítica. Até porque
tudo o que não passa por um abalo sísmico tende a se tornar totalitário,
dogmático e isso é perigoso. A história nos dá muitas evidências de que toda
ideologia, doutrina, dogma, escola de pensamento, etc., que não tenha sofrido
críticas bem direcionadas, tornaram-se um perigo de proporções gigantescas. Portanto,
a tradição também deve sofrer a crítica, o abalo. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Todavia,
a tradição não é um mal em si. Pode-se criticá-la, porém, deve se fazer um
juízo justo. Quero dizer: deve-se reconhecer o que é positivo na tradição. Um
exemplo: lembro-me de ouvir uma bela crítica a meu querido filósofo Nietzsche.
Dizia: “Ele criticou ferozmente o Cristianismo, mas não podemos negar que ele
era Ocidental. Sendo Ocidental, incontestavelmente, é filho da tradição cristã”.
Nietsche falava a partir de uma sociedade cristã, a qual lhe formou. Além
disso, sua crítica radical tem um colorido bem protestante, com uma ânsia de “não
ser idólatra” e de ser “sacerdote de si”.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Considero,
pois, que não se deva temer a crítica da tradição, no entanto, deve-se avaliar
a “justiça” da mesma, ou, de outra forma, fazer uma “crítica da crítica” para
perceber se o caminho é realmente o mais “excelente”. Cuidemos para que uma
tradição dogmática não substitua a outra.<o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Jonathan<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
Cristianismo Livrehttp://www.blogger.com/profile/12824907023540974471noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1218311066436216272.post-2161786388507165762013-02-08T07:24:00.000-08:002013-02-08T07:24:06.844-08:00Verdade e verdades hoje
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Li
um artigo no site da UMESP a proposição que representa as tensões do campo das
ideias nos dias de hoje: a verdade como “adequação do enunciado à coisa”.
Tratava-se, na verdade, de um questionamento sobre a absolutização da “verdade
da fé”, isto é, a verificação de um certo “comportamento violento” no ambiente
da fé cristã. Violência porque uma verdade “absoluta”, nos termos da metafísica
clássica, “exclui” outras possibilidades de verdade. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Em
primeiro lugar, ele propõe uma crítica a essa “verdade por adequação”. Depois
afirma ser a linguagem o “mediador” da compreensão do real. Usa o conceito de
Tillich para tratar da fé - uma “preocupação última” - e pondera no final com
uma proposta que articula as duas ideias, afirmando que podemos ser “menos
violentos”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicpJohsFsOef5KE8otXA3wfcFMethrWeIHWTtAEVCPpaj9KzLca1lyHVIyxbPxHzWQ901Ua4f3SfUM7sb2A3q76FloaBLwlUbW-XHdHViS9cyp8SpWODh-nlBML7LghpittxZoea8K7Fg/s1600/VERDADE.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="132" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicpJohsFsOef5KE8otXA3wfcFMethrWeIHWTtAEVCPpaj9KzLca1lyHVIyxbPxHzWQ901Ua4f3SfUM7sb2A3q76FloaBLwlUbW-XHdHViS9cyp8SpWODh-nlBML7LghpittxZoea8K7Fg/s320/VERDADE.jpg" width="320" /></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Ficou
claro para mim no final: para a pós-modernidade, e agora no ambiente cristão,
verdade é interpretação, possibilidade. Nada tem “estruturas fixas”. Tudo
depende da “dinâmica história” e da hermenêutica.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Tudo
bem. Acho que nesse sentido, para o ambiente da fé, é importante considerar que
nossa linguagem simbólica não é “em si” o que ela representa, para o que ela
aponta. Isso nos impede de lograr o título de idólatras e permite manter aceso
o “princípio protestante”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">No
entanto, levanto algumas questões numa reflexão simples, pra não dizer
simplória :</span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin: 0cm 0cm 0pt 53.4pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="mso-list: Ignore;">1)<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Não
seria a proposta outra violência, já que NÃO se pode dizer que sua verdade é
mais verdade que a dos outros?</span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin: 0cm 0cm 0pt 53.4pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="mso-list: Ignore;">2)<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Se
a nossa apreensão do real é interpretação e, sendo assim, depende totalmente da
“razão que interpreta”, existe o real?</span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin: 0cm 0cm 0pt 53.4pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="mso-list: Ignore;">3)<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Se
o rela existe, podemos ou não “saber”?</span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin: 0cm 0cm 10pt 53.4pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="mso-list: Ignore;">4)<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Se
o real não existe, o que existe?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Apesar de ser muito
simpático a essa corrente, tenho algumas “estruturas” que, ainda, não querem se
mexer...<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Jonathan<o:p></o:p></span></div>
Cristianismo Livrehttp://www.blogger.com/profile/12824907023540974471noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1218311066436216272.post-15166801814835160992012-08-26T16:16:00.000-07:002012-08-26T16:16:21.220-07:00Clarice Lispector - Perdoando Deus<iframe width="420" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/E5CX_PX0gVs" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
Thiago BarbosaThiago Barbosahttp://www.blogger.com/profile/09728367835500836652noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1218311066436216272.post-19863841366167804862012-07-25T05:01:00.000-07:002012-07-25T05:01:10.613-07:00Augusto dos Anjos - Eu, estranho personagemCerto é que Augusto dos Anjos é meu poeta predileto, desde de a mocidade já tinha sobre mim uma sedução mórbida que só a curiosidade pela existencialidade humana pode emanar.
Aqui um documentário sobre este ícone literário.
Eu, Estranho Personagem, da série Tela Brasil, registra fatos da vida do poeta Augusto dos Anjos, que morreu de pneumonia aos 30 anos de idade, e analisa a única obra que deixou, o livro "Eu". O documentário foi produzido e veiculado na passagem dos 95 anos de morte do poeta, que ocorreu em 12 de novembro de 1914.
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Thiago BarbosaThiago Barbosahttp://www.blogger.com/profile/09728367835500836652noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1218311066436216272.post-61912428851447792912012-07-25T04:37:00.000-07:002012-07-25T04:37:27.888-07:00Ferreira Gullart - A necessidade da Arte"Sem criar Deus o homem jamais teria atingido a dimensão que tem hoje." O documentário Ferreira Gullar - A Necessidade da Arte, que estreia em 13/12, às 21h30, dirigido por Zelito Viana, Vera Paula, Aruanna Cavalleiro e Cláudio Duarte, reflete sobre o salto conceitual da arte no século 19 e explica por que o homem necessita da arte e da fruição do belo.
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Thiago BarbosaThiago Barbosahttp://www.blogger.com/profile/09728367835500836652noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1218311066436216272.post-30591721435870805592012-07-25T04:33:00.001-07:002012-07-25T04:33:50.030-07:00Antônio Abujamra - TABACARIA (Fernando Pessoa)<iframe width="420" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/7L59yASwGVc" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
Thiago BarbosaThiago Barbosahttp://www.blogger.com/profile/09728367835500836652noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1218311066436216272.post-85185077810770059262012-07-25T04:05:00.000-07:002012-07-25T04:05:56.983-07:00Menino jesus - Fernando PessoaNesse vídeo, a cantora Maria Bethânia diz o "Poema do menino Jesus", de Fernando Pessoa e, em seguida, canta "O doce mistério da vida". A linha tênue que se apresenta entre a teologia da experiência humana e a poesia que vem da alma humana. Ambas, teologia e fé, são frutos de uma existencialidade humana, pura genuína, íntima demais para serem abandonadas, mas, prontamente altivas para nossa curiosidade.
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Thiago BarbosaThiago Barbosahttp://www.blogger.com/profile/09728367835500836652noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1218311066436216272.post-76789910302869884502012-07-21T13:52:00.000-07:002012-07-21T13:52:15.385-07:00O ódio no Brasil - Leandro Karnal<iframe width="420" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/iG-OGc1bufs" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
Thiago BarbosaThiago Barbosahttp://www.blogger.com/profile/09728367835500836652noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1218311066436216272.post-20524453052777732332012-07-20T07:17:00.000-07:002012-07-20T07:17:57.178-07:00Reflexões sobre morte e vida<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Peço permissão para, por meio
desse pequeno texto, ser também pessoal e, escrevendo, buscar entendimento
sobre sentimentos que me percorrem e aflingem. Certo é que este último mês não
me foi dos melhores, afinal estar frente à morte nunca é uma experiência
agradável; ela, a morte, sempre nos causa estranhamento, um certo grau de
desconforto que são característicos. Sim, apenas neste mês de julho duas
pessoas muito queridas morreram, uma após dois anos de lutas frente à uma
enfermidade; a outra, de modo abrupto, rápido, com um enfarte fulminante;
porém, ambos, antes desses eventos, cheios de vida, de força, de uma altivez
motivadora e de um estilo de vida que nos impulsiona à Deus. Se foram o “tio
Jurandir” e o “irmão Castilho”. E aqui me questiono: que sentimento é esse que
nos percorre quando estamos diante à morte?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A morte é implacável e certa,
talvez seja a única certeza de nossas vidas, é uma certeza biológica e
incontestável. A poesia de Francisco Otaviano aponta para o sofrimento, que por
meio da morte se faz presente: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Quem passou
pela vida em branca nuvem/ e em plácido recanto adormeceu,/ quem não sentiu o
frio da desgraça,/ quem passou pela vida e não sofreu/ foi espectro de homem,
não foi homem,/ só passou pela vida, não viveu. </i>Este sentimento de
desalento, de incompletude é evidência da impotência humana frente à morte, é
demonstração da finitude humana, frente à um evento trágico que nos separa de
quem tanto amamos, e é esta separação que nos dói, nos massacra, nos abre o
peito em lágrimas. Eis a dor da saudade.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas, se por um lado a morte é
dor, sofrimento, separação e saudade, por outro, pelo viés cristão, é esperança
e renovo. Tal qual a natureza precisa da morte para recobrar forças e florir
após o inverno, o cristão busca na morte o renovo, assim, nós cristãos
redescobrimos na morte a força da esperança que nos impulsiona à viver. Sim,
Deus manifesta-se também nas dores que nos cercam. Dietrich Bonhoeffer aponta
para isso quando diz que a manifestação de Deus se dá na realidade humana: “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Não há duas realidades, mas apenas uma, que
é a realidade de Deus revelada em Cristo na realidade do Mundo. Ao
comparticipar em Cristo, permanecemos, ao mesmo tempo, na realidade de Deus e
na realidade do mundo</i>.” A manifestação divina em Jesus, em todos os
aspectos da sua vida messiânica, se deu nos momentos de felicidade e tristeza,
durante as tempestades e bonanças, Deus manifestou-se em Cristo , e em nós
também, nesses sentimentos díspares que moldam a complexidade humana. Assim, a
morte não é o abandono de Deus, mas também é sua manifestação, de um modo pra
além de nosso entendimento, apontando-nos para a finitude humana, mas
sobretudo, mostrando a esperança da eternidade com Cristo em Deus. Dietrich
Bonhoeffer foi enforcado pela ação do partido nazista durante a Segunda Grande
Guerra, ao ser levado para o cadafalso um de seus algozes lhe disse: “Este é o
fim”; Bonhoeffer retrucou dizendo: “Para mim, o início da vida.”</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span>Mas a morte é implacável e certa,
mesmo com essas constatações a humanidade teima em amenizar, mascarar a morte.
Iludimos falseando a certeza da morte. Esse rompimento drástico com o tangível,
o perceptível, talvez seja a razão pela qual nunca estamos preparados para essa
trágica cisão. Mediante essas convicções, da certeza inevitável da morte e da
incerteza do que está para além da vida, é que podemos enfrentar “a morte sem
pavor ou rejeição”. A morte parece ser o antagonismo de Deus, mas curiosamente,
frente à morte de Cruz, Jesus contempla o Deus que está ausente. Esta teologia
negativa, da ausência, ainda sim nos remete à dimensão do cuidado e da
esperança. A jornada de Jesus teve um duro golpe na cruz, mas ainda sim trouxe
esperança enquanto percorria o caminho de Emaús. A morte é o nosso êxodo, é o
mar que se abre para a completude. A dor da morte é irrepreensível, mas
assemelham-se mais às dores de parto, pois é assim que experimentamos a vida,
agora eterna. Assim o pranto se transforma em dança, enfim.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span> </span>Thiago Barbosa</div>Thiago Barbosahttp://www.blogger.com/profile/09728367835500836652noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1218311066436216272.post-71305769166475121782012-06-22T04:05:00.000-07:002012-06-22T04:05:01.538-07:00Poema Negro - Augusto dos anjosSobre a morte, eis o viés de Augusto dos Anjos, na voz de Othon Bastos.
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Thiago BarbosaThiago Barbosahttp://www.blogger.com/profile/09728367835500836652noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1218311066436216272.post-59412703618152966452012-06-12T05:10:00.000-07:002012-06-12T05:10:03.632-07:00SEMPRE UM PAPO - Frei Betto e Frei FernandoGrandes teólogos sempre terão lugar em nossas mentes, afinal, suas falas não são prisioneitas da teologia, mas são transcendentes na existencialidade humana.
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Thiago BarbosaThiago Barbosahttp://www.blogger.com/profile/09728367835500836652noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1218311066436216272.post-39220928983674013222012-06-02T12:51:00.000-07:002012-06-02T12:51:24.375-07:00Os rumos teológicos da Betesda - Ricardo GondimDe certo modo sinto-me representado por essa fala do Pr. Ricardo Gondim. Percebo essa urgência na teologia brasileira/latinoamericana, uma urgência de pensamento, para além de uma EBD de luxo, pseudodenominada teologia apologética. É preciso coragem, consciência da aspereza do caminho, mas, acima de tudo, esperança na cruz que visualiza a vida, e não o metafísico.
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Thiago BarbosaThiago Barbosahttp://www.blogger.com/profile/09728367835500836652noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1218311066436216272.post-85221560206654151902012-05-23T13:40:00.000-07:002012-05-23T13:40:58.956-07:00Uma crônica do Natal - Chico AnysioAo lançar seu olhar para o natal, Chico Anysio mostra sua hermenêutica popular do evento natalício, e assim, aponta para sua visão de volta à Deus. Interessantíssimo.
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Thiago BarbosaThiago Barbosahttp://www.blogger.com/profile/09728367835500836652noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1218311066436216272.post-8093712420171833922012-05-22T06:34:00.001-07:002012-05-22T06:34:31.529-07:00Uma igreja relevante para os pobresUma bela fala do Pastor Carlos Queiroz, com uma bela apresentação feita por Ariovaldo Ramos. Realmente vale a pena assistir, ainda mais em um país de Evangelhos prósperos e em um mundo que ser pobre é ser Maldito. Eis a essência do Sermão do Monte.
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Thiago BarbosaThiago Barbosahttp://www.blogger.com/profile/09728367835500836652noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1218311066436216272.post-2794798391741894042012-05-18T20:02:00.000-07:002012-05-18T20:13:31.447-07:00Um pé na Bíblia, outro no chão - Frei Carlos MestersEis mais um vídeo que nos chama à percepção de uma espiritualidade pronta à terra, ao povo simples do campo.
Tomo aqui as palavras do amigo teólogo Jonathan Douglas: "Me lembra coisas do Antigo Testamento... fé que é necessidade, fé que está atrelada as necessidades básicas da vida. Num mundo tecnocrata, é bom sentir o sabor das canções e poesias que nos sensibilizam, nos aproximam do gosto da vida, daquilo que vale a pena, da presença divina que se manifesta também nos cantões e nos sertões."
Carlos Mester é um desses seres que tem a erudição que fala para a vida, é a suavidade e a beleza. Como ele mesmo diria, é a porta lateral, da teologia, fazendo concordância com a porta principal da fé e da experiência do povo campesino com o SAGRADO. Com vocês, Frei Carlos Mesters.
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Thiago BarbosaThiago Barbosahttp://www.blogger.com/profile/09728367835500836652noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1218311066436216272.post-81604288441907809632012-05-18T15:49:00.000-07:002012-05-18T19:48:37.089-07:00Rolando Boldrin - A fé na roçaGosto de perceber a fé do povo simples do campo, parece ser mais genuína, mais livre, mais terrena e perspicaz. É na terra do campo que brota a fé que liga o homem à Deus, e todos vivendo ali, no campo, comendo, respirando, bebendo, amando. É necessário entender a fé campesina, aí então propor a fé para o Brasil. Eis a questão cultural para os teólogos brasileiros.<br />
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Thiago BarbosaThiago Barbosahttp://www.blogger.com/profile/09728367835500836652noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1218311066436216272.post-21533388276151295172012-04-20T17:58:00.001-07:002012-04-23T14:11:15.424-07:00Quem é Jesus?<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Dias
atrás, um domingo pela manhã, como tantos outros me pus de pé para começar a
preparar minhas aulas de segunda-feira. Sim, esta é a sina de um professor,
trabalhar mesmo fora do local de trabalho, mas não reclamo, são nesses momemtos
que tenho contatos comigo mesmo e com o conteúdo que, antes de se apresentar
aos alunos, deve inevitavelmente apresentarsse-me antes. Mas naquela manhã não
seria assim tão simples, graças a um adepto do Salão das Testemunhas de Jeová.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Um
senhor, já passado dos setenta anos, as rugas no rosto e as madexas brancas já
se apresentavam como evidências da idade, apresentou-se à porta. Já suado da
caminhada por outras casas antes da minha, mas ainda com o bom sorriso
interorano, perguntou-me rapidamente como eu estava e se já havia ouvido falar
de Jesus. Não, no momento não me veio nem uma só resposta mais complexa à
mente, apenas disse que já tinha ouvido falar de Jesus, mas que não o conhecia
bem. Sempre sorridente o “senhorzinho” me deu os exemplares da revista SENTINELA
e DESPERTAI, e foi-se prometendo que nas revistas eu encontraria com Jesus.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A
minha resposta naquela manhã foi recheada de sarcasmo, caso fosse-me
apresentado uma visão particular de Jesus, ela teria sido criada mediante a
tradição denominacional daquele senhor, e eu a conheceria, mas não me
restringiria à ela. Caso me apresentasse um Jesus “novo”, poderia recuar à
visão traditiva que me apresentaram desde a infância. Minha resposta dúbia,
sarcástica, reflete também o sentimento que tenho como teólogo, afinal, essa é
uma pergunta pertinente: Quem é Jesus?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Como
personagem histórico, “factual (?)”, o Jesus passa a ser uma expeculação,
tomando os textos de John D. Crossan a discussão sobre o JESUS HISTÓRICO se
estenderia por mais um século, e possivelmente estaríamos deslizando sobre um
lamaçal de “achismos”, afinal dados que evidenciem a historicidade (talvez um
conceito que nos ajude nesse momento seja Geschitche) de Jesus não reflete a
relação popular, a construção memorial do povo com o Jesus traditivo e/ou com o
Cristo da fé.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Correndo
o risco de sermos simplórios podemos fazer vários apontamentos sobre Jesus:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">1
– Ele foi apenas mais um judeu;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">2
– Foi um espírito “iluminado” não um homem verdadeiro, de carne e osso, mas um
espírito que esteve entre a humanidade;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">3
– Um homem, efetivamente um homem, mas soberano em boas ações, alguém que se
condoía com as massas populares, os estratos mais baixos da sociedade de sua
época;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">4
– Possivelmente foi um agitador de massas, um revolucionário político, que por
meio de ações carismáticas mostrou sua indisposição contra o comando
governamental de sua época, um agitador que questionava o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">status quo</i> de sua época;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">5
– Um simples carpinteiro, um trabalhador braçal, insatisfeito com sua religião e que pôs-se a questioná-la
e reinterpretá-la.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Todas
essas são visões possíveis, em determinado aspecto todas podem inclusive
tocar-se, aproximarem-se. Mas evidentemente, ainda simplificam demasiadamente a
percepção de Jesus em meio ao povo de hoje.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Podemos
restringir nossas observações ao “cristianismo moderno”, e perguntar quem é
Jesus para as denominações cristãs. Certamente teremos também várias respostas,
pois cada denominação cristã “pintará” Jesus com suas próprias cores, seus
próprios matizes, seus pincéis serão os dogmas e as tradições denominacionais.
Batistas, metodistas, presbiterianos, luteranos, católicos, e todas as demais
denominações terão, traditivamente, o Jesus sob seus matizes doutrinários e
dogmáticos. Não é difícil de entender isso, Jesus sempre teve a sua imagem aproximada
dos grupos aos quais ele foi apresentado. Na Europa medieval Jesus assume
características européias.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><img height="263" src="file:///C:/Users/Thiago/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image001.png" width="192" /></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Nos Estados Unidos não seria
diferente, </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><img height="268" src="file:///C:/Users/Thiago/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image002.png" width="188" /></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> de igual modo ocorreria na Ásia, </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><img height="178" src="file:///C:/Users/Thiago/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image003.png" width="121" /></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> na África </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><img height="269" src="file:///C:/Users/Thiago/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image004.png" width="187" /></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">.
Em nós, como seria o Jesus Latino? Talvez com o rosto de nossos indígenas? </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><img height="185" src="file:///C:/Users/Thiago/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image005.png" width="272" /></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Evidencia-se então que, em
qualquer sociedade ou grupo a imagem de Jesus é revista, reinterpretada e
aproximada ao grupo social de inserção. A imagem do cristo é eurocêntrica no
Velho Continente, é do conquistador Norte americano, é de olhos “puxados” na
Ásia, o negro africano, ou mesmo o povo da floresta na América Latina. A imagem
histórica de Jesus é refém da percepção sociológica, é refém da hermenêutica do
povo que o insere e o busca.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Jesus, ou ao menos sua imagem,
sempre se apresenta próximo de nós, por isso tantas imagens de um mesmo homem,
é a nossa necessidade de vê-lo como um de nós. Assim, a imagem de Jesus é
relativa ao grupo de inserção. Mas este não é um fenômeno moderno, os
evangelhos já apontavam para essa reconstrução imagética de Jesus.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Para minha exposição me atenho ao
texto alocado no evangelho de Marcos 8.27-30.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Mc 8.27 – Jesus partiu com seus
discípulos para os povoados de Cesaréia de Filipe, e no caminho, perguntou a
seus discípulos:”Quem dizem os homens que eu sou?”</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Mc 8.28 – Eles responderam:”João
Batista; outros Elias; outros ainda, um dos profetas”. – </span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Mc 8.29 – “E vós, perguntou ele,
quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “Tu és o Cristo”. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Mc 8.30 – Então proibiu-os
severamente de falar a alguém a seu respeito.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Alguns aspectos gerais podemos
observar com alusão em outras passagens, Jesus era um Judeu, pertencia
formalmente a este viés religioso; era membro dos estratos sociais inferiores sendo
um carpinteiro, marceneiro, ou mesmo pedreiro; teve seu nascimento envolto em
uma controvérsia já que a explicação de ser “filho do Espírito” não foi bem
vista; era tido como um mestre, um rabino itinerante, caminhando pelo terreno
árido trazendo esperança e confrontação em seus discursos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Caso Jesus não fosse assim mesmo,
esses são aspectos demonstrados pelos escritos canônicos, aos quais a sociedade
toma conhecimento. O personagem Jesus é acessado por esses escritos, bem como o
aspecto crédulo de cada fiel.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Chamo a atenção para a resposta
dada à arguição de Jesus. Ela demonstra que este é um texto escrito
posteriormente, e retropojetado aqui, ainda por um motivo desconhecido.
Possivelmente já tenham a intenção de apresentar desde aqui Jesus como o
Cristo, e essa afirmação vinda de Pedro denota a reconstrução da imagem desse
personagem, que pode ter sofrido desgaste pela ação paulina, ou mesmo em outras
passagens onde, por exemplo, Pedro teria “negado”Jesus. É importante que Jesus
seja O CRISTO, justamente apontado por Pedro.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Mas aqui iremos por parte, esses poucos
versos tem a intenção, e o fazem com grande propriedade, de apresentar a imagem
de Jesus. Aqui todos os matizes se encontram, e são três os matizes: João
Batista, Elias e os profetas, e O CRISTO.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A primeira resposta obtida é que
jesus é João batista. Historicamente é provável que Jesus não tenha apenas se
submetido ao batismo de João, mas também tenha integrado o seu círculo de
seguidores. Isso pode se evidenciar na abertura do texto Marcano, onde Jesus é
batizado por João e assume sua posição de agente retórico junto ao verso de Mc
1.14-15. O texto sugere que após o aprisionamento de João é Jesus seu sucessor
direto, tendo o cuidado de que Jesus tenha o mesmo discurso de João, o
arrependimento.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Jesus faz parte então do
movimento profético-carismático, especialmente as curas e os exorcismos
miraculosos apontam para isso. Mas Jesus reinterpreta as experiências
carismáticas, afinal a expressão “ a tua fé te salvou” torna-se constante, como
uma chave retórica ao final das ações miraculosas. Jesus é então aquele que
comumente está envolto aos milagres, às curas, aos exorcismos, mas além disso
fala sobre o arrependimento. É sucessor do movimento profético-carismático do “Batista”,
mas antes reinterpreta-o, revive-o, transcende-o para algo maior que as maravilhas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Hoje muitos cristãos vêem Jesus apenas pelo viés das curas, dos exorcismos. São reféns de uma prosperidade
financeira miraculosa. Sim, certamente Jesus estava envolto em eventos
extraordinários, incompreensíveis aos olhos do povo simples, mas que atingia em
cheio suas expectativas. Jesus era agente do imediatismo dessas gentes, era
agente da cura, agente da saciedade, agente libertário. Mas diziam muito mais
sobre Jesus.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O segundo apontamente feito é que
Jesus é Elias, ou, um dos profetas. O profeta, é um agente que traduz as
necessidades das gentes sob o oráculo de Deus. Assumem a necessidade humana
como anseio divino, e seu discurso, sua fala, é nesse sentido. Assim, o profeta
expressa sua liberdade em relação ao passado quando reinterpretam a tradição,
chegando até a inverter o sentido das palavras “originais”. Jesus como Elias
assume para si o principal posicionamento desses personagem. O confronto de
Elias se deu com a concretização do primeiro mandamento. A indisposição do
profeta com os “baalistas” é quanto à exclusividade cúltica de Yaweh. Elias
retorna veementemente ao decálogo da aliança, Jesus representa esse retorno
também, porém, reinterpretado, revivido, transcendido às gentes de sua época. O
primeiro mandamento é sim o exclusivismo cúltico à Yaweh, mas há agora a
complementação retórica, ame ao teu próximo como a ti mesmo. Reintegração da
tradição, vivência do presente, tudo em favor da vida e da libertação do povo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Os temas da crítica social do
profetismo de Israel em muito se aproximam dos dizeres de Jesus:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">1 – A temática da opressão
sofrida pelos pobres é uma constante nos relatos sinóticos;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">2 – A denúncia da fraude comercial;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">3 – O acúmulo de casas e terras;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">4 – Edificações e construções
luxuosas à custa dos pobres;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">5 – O luxo com sinal de
arrogância;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">6 – Quebra do direito, sumamente
com os menos favorecidos;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">7 – Abuso da força e do poder
contra os de estratos sociais inferiores;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">8 – O cuidado especial ao
estrangeiro, à viuva, ao órfão, enfim, aos que necessitam do cuidado.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O sermão da Montanha pode resumir
bem o caráter profético de Jesus, e nisso o povo se apoiava e tinha sua
expectativa. Jesus é profeta ao reinterpretar os seus dias e se colocar ao lado
dos mais necessitados. Mas ele transcende a necessidade do corpo, ele
ultrapassa o anseio social. Sim, a imagem de Jesus toma para si a figura do
profeta, mas transcende-o. Jesus é mais que um profeta.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Certamente a última resposta ao
questionamento de Jesus é a mais interessante, Jesus é O CRISTO. É essa
afirmação que denota a retroprojeção do texto, o conceito messiânico traz
consigo a força da ressurreição, portanto para que Jesus fosse tido como o
CRISTO sua morte e ressurreição já deveriam ter sido evidenciadas por seu
círculo de seguidores.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Jesus não via o juízo de Deus já
se realizando, mas o domínio de Deus chegando, e isso não por acaso em pessoas
que estão em necessidade. As aparições de Jesus, essas epifanias foram
entendidas como aparições de Jesus a partir do céu. No entanto, de acordo com a
interpretação de seus adeptos, Jesus não foi simplesmente trasladado ao céu como
João Batista ou outros mártires antes dele. Antes, a ressurreição representa
para eles, ao mesmo tempo sua elevação a uma posição celeste de domínio como “Filho
de Deus” e “Senhor”. Decerto é também neste contexto que Jesus é situado dentro
a tradição messiânica de Israel como “Christós”. De acordo com a fé de seus
adeptos, como ressucitado e elevado a Deus, ele está preparado para estabelecer
em seguida o seu domínio sobre Israel.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A morte de Jesus e sua
ressurreição, de modo semelhante ao que já sucedera com o martírio do "Batista",
são entendidas como uma etapa decisiva a mais no drama histórico-salvífico,
sendo que se atribui ao próprio Jesus, nesse tocante, um papel de relevância
permanente, desempenhado agora a partir do céu. Na tradição, essa “cristologização”
ou “messianização” de Jesus é retroprojetada para o Jesus terreno, como é o
caso da passagem que estamos averiguando. Assim, mesmo em vida, Jesus é também
o “ha mashiah”, o “Christós”, aquele que trará a definitiva resolução aos problemas
do povo de Israel.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">De acordo com a fé de seus
adeptos, como ressucitado e elevado a Deus, Ele está preparado para estabelecer
em seguida o seu domínio em Israel.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Jesus tem consigo, ainda em vida,
as dores da cruz a morte e a ressurreição; é também o filho de Deus,
libertador, resgatador da humanidade para um mundo novo, redimido. Jesus, então
visto como Cristo, torna-se o centro da salvação humana.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Talvez sejamos questionados sobre
Jesus. Quem é Jesus, várias são as respostas possíveis, várias foram as
respostas dadas a Ele mesmo em seus dias de caminhada em meio ao povo. Certo é
que a imagem de Jesus é relativizada junto ao grupo social que inserimo-nos.
Jesus é João Batista, é o agente da cura, da libertação dos espíritos imundos,
é o agente miraculoso da fé tangível. Mas é muito mais que isso, Jesus é João
Batista, mas transcende-o.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Jesus é Elias e os profetas, é a
reinterpretação da Lei, é a disposição ao lado dos necessitados, famintos,
excluídos, é aquele que caminha com os que estão à margem. Jesus é a disposição
ao lado das gentes, dos povos de Israel, do Crescente fértil, mas não somente
lá, aqui também, é Jesus , como profeta, que se dá a conhecer aos povos
latinos. É Jesus, que alia-se aos uruguaios, argentinos, mexicanos ou Cubanos. É
Ele que esteve com os povos indígenas massacrados pela imposição do poderio
imperialista ibérico. É ele que ainda está nos acampamentos de trabalhadores
sem-terra, ou mesmo com os povos da floresta que anseiam por suas terras. É Jesus
como profeta que vai de encontro ao grito dos favelados e sertanejos do Brasil.
Sim, Jesus é Elias e os profetas, mas transcende-os.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Jesus é enfim, o Cristo. É a
esperança da fé, da redenção. É a esperança que se impõe contra o mau d’alma
humana.Cura d'Alma. Jesus Cristo é a esperança daqueles que anseiam por dias melhores,
plenos, repletos, da graça e da soberania de Deus. Mesmo sob um mundo
desesperançado, com Jesus, O CRISTO, há de vir a esperança, e redimir nossas
vidas para a plenitude. Opioso esse posicionamento? Mediante a causticidade dos
dias, resta-nos o sonho, o suspiro, o ópio de um Deus que se manifesta na
humanidade de Jesus, que é mil em perspectivas imagéticas, mas que se apresenta
à esperança humana da vida. Se Jesus é relativo, O CRISTO é absoluto. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Com fé e esperança, N’Aquele que
é o Cristo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 159.65pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Thiago Barbosa</span></div>Thiago Barbosahttp://www.blogger.com/profile/09728367835500836652noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1218311066436216272.post-46829231553433031242012-03-27T07:23:00.002-07:002012-03-27T07:27:02.585-07:00Educação planetáriaQue Edgar Morin é um gênio isto é fato. Que, usualmente, os gênios são tomados por hereges é também um outro fato. Que a educação perdeu sua capacidade de perceber o complexo é notório, mas ainda há esperança na educação complexa. De igual modo há esperança para um mundo que se perceba complexo. Uma religião complexa, eis o desafio?<br />Sempre vale à pena retornar à Morin, e sua educação planetária complexa.<br /><br /><iframe width="420" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/kzHjJd3cJCg" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br /><br /><iframe width="420" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/oBqWDLN0g_c" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br /><br />Thiago BarbosaThiago Barbosahttp://www.blogger.com/profile/09728367835500836652noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1218311066436216272.post-47829519504519982122012-03-22T12:43:00.000-07:002012-03-22T12:43:45.001-07:00O Cântico da TerraEssa é pra quem diz que as coisas boas vivem no mundo das ideias:<br />
<br />
<br />
<div style="background: white; line-height: 12.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<strong><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #333333; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 8.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">O Cântico da Terra</span></strong><span style="color: #333333; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 8.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-color: initial; border-image: initial; border-style: initial; line-height: 12pt; margin-bottom: 12pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 8.0pt;">Eu sou a terra, eu sou a vida.<br />
Do meu barro primeiro veio o homem.<br />
De mim veio a mulher e veio o amor.<br />
Veio a árvore, veio a fonte.<br />
Vem o fruto e vem a flor.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-color: initial; border-image: initial; border-style: initial; line-height: 12pt; margin-bottom: 12pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 8.0pt;">Eu sou a fonte original de toda vida.<br />
Sou o chão que se prende à tua casa.<br />
Sou a telha da coberta de teu lar.<br />
A mina constante de teu poço.<br />
Sou a espiga generosa de teu gado<br />
e certeza tranqüila ao teu esforço.<br />
Sou a razão de tua vida.<br />
De mim vieste pela mão do Criador,<br />
e a mim tu voltarás no fim da lida.<br />
Só em mim acharás descanso e Paz.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-color: initial; border-image: initial; border-style: initial; line-height: 12pt; margin-bottom: 12pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 8.0pt;">Eu sou a grande Mãe Universal.<br />
Tua filha, tua noiva e desposada.<br />
A mulher e o ventre que fecundas.<br />
Sou a gleba, a gestação, eu sou o amor.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-color: initial; border-image: initial; border-style: initial; line-height: 12pt; margin-bottom: 12pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 8.0pt;">A ti, ó lavrador, tudo quanto é meu.<br />
Teu arado, tua foice, teu machado.<br />
O berço pequenino de teu filho.<br />
O algodão de tua veste<br />
e o pão de tua casa.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-color: initial; border-image: initial; border-style: initial; line-height: 12pt; margin-bottom: 12pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 8.0pt;">E um dia bem distante<br />
a mim tu voltarás.<br />
E no canteiro materno de meu seio<br />
tranqüilo dormirás.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-color: initial; border-image: initial; border-style: initial; line-height: 12pt; margin-bottom: 12pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 8.0pt;">Plantemos a roça.<br />
Lavremos a gleba.<br />
Cuidemos do ninho,<br />
do gado e da tulha.<br />
Fartura teremos<br />
e donos de sítio<br />
felizes seremos.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-color: initial; border-image: initial; border-style: initial; line-height: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 8.0pt;">( <a href="http://www.poesiaspoemaseversos.com.br/cora-coralina-poemas/" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-color: initial; border-image: initial; border-style: initial;" title="Cora Coralina"><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #743399; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">Cora Coralina</span></a> )<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>Cristianismo Livrehttp://www.blogger.com/profile/12824907023540974471noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1218311066436216272.post-27920761625827830782012-03-20T07:28:00.002-07:002012-03-20T07:33:24.245-07:00Teologia da prosperidade com Valdemiro Santiago.Apenas apresento o vídeo, sem comentários, eles são desnecessários. E ainda acusam a teologia da libertação de ser uma espiritualidade "de esquerda". Talvez seja apenas a necessidade de se perceber que o evengelho é para todos, tal qual o Sermão do Monte nos diz:<br /><blockquote><span style="color:#666699;">E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos; E, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo:<br />Bem-aventuradosos pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;<br />Bem-aventuradosos que choram, porque eles serão consolados;<br />Bem-aventuradosos mansos, porque eles herdarão a terra;<br />Bem-aventuradosos que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;<br />Bem-aventuradosos misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;<br />Bem-aventuradosos limpos de coração, porque eles verão a Deus;<br />Bem-aventuradosos pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;<br />Bem-aventuradosos que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;<br />Bem-aventuradossois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.</span></blockquote><p align="center">( Mt 5:1 -11)</p><p align="center"><br /></p><br /><br /><iframe width="445" height="270" frameborder="0" marginheight="0" marginwidth="0" scrolling="no" src="http://videos.r7.com/r7/service/video/playervideo.html?idMedia=4f6679e73d14f14d770485eb&idCategory=61&embedded=true"></iframe><br /><br />Thiago BarbosaThiago Barbosahttp://www.blogger.com/profile/09728367835500836652noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1218311066436216272.post-78100211915192937762012-03-07T11:07:00.003-08:002012-03-07T11:12:00.980-08:00O Deus MercadoO mercado assume o lugar de Deus, e as instituições religiosas adentram um caminho perigoso. As exposições feitas pelo pastor Ricardo Bitum é interessantíssima.<br /><br />O Pr. Ricardo Bitum, no Seminário Lutando pela Igreja, aborda A Crise Neopentecostal. Dentro da sua palestra ele enfatiza como o Deus Mercado tem influenciado a teologia principalmente a da Prosperidade e da Batalha Espiritual.<br /><br /><iframe src="http://www.youtube.com/embed/pntcbFhGLtU" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" width="420"></iframe><br /><br /><iframe src="http://www.youtube.com/embed/7eypbRpXgkU" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" width="420"></iframe><br /><br /><iframe src="http://www.youtube.com/embed/u1mNesoQY88" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" width="420"></iframe><br /><br /><iframe src="http://www.youtube.com/embed/ymE4pyJTxvk" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" width="420"></iframe><br /><br /><br />Thiago BarbosaThiago Barbosahttp://www.blogger.com/profile/09728367835500836652noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1218311066436216272.post-32350744017078422832012-03-02T06:03:00.003-08:002012-03-02T06:08:06.884-08:00Lembrando Milton SchwantesCertamente esse é o teólogo que trouxe uma lufada de ar fresco ao pensamento teológico da América Latina. mais que um pensador, seu pensamento se fez com os alunos. Este vídeo mostra essa relação. Uma relação de vida acadêmica, uma vida que vale à pena ser vivida. Uma vida com Deus.<br />Obrigado Milton Schwantes, suas contribuições nos direcionaram ao estudo teônomo, ao academicismo, mas também à comunidade, às gentes latinas, ao ser humano.<br /><br /><iframe src="http://www.youtube.com/embed/oHY9OF6Wbkk" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" width="420"></iframe><br /><br />Thiago BarbosaThiago Barbosahttp://www.blogger.com/profile/09728367835500836652noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1218311066436216272.post-61788942663254063272012-02-29T13:01:00.003-08:002012-02-29T13:12:15.826-08:00Aprendendo com o imponderável<div style="text-align: justify;">A última postagem de meu amigo Jonathan me chamou a atenção. Há certezas? Essa é um pergunta que, afoitamente, qualquer religioso mais obtuso disporia-se ao sim, claro, assertivo. Mas em uma sociedade volátil como a que estamos inseridos, a certeza, é que não há certezas. Em nós resta-nos o salto no escuro, a fé, na religião ou na ciência. Ainda sim fé. Resta-nos o imponderável, aquilo que está para além de nós mesmos.<br /><br />Luís Carlos de Menezes é professor do Instituto de Física da USP e membro do Conselho Técnico Científico da CAPES para Educação Básica e membro da equipe da UNESCO do Projeto de Currículos Integrados no Ensino Médio. Aqui ele mistura assuntos como cosmos, tempo, educação, tecnologia e exclusão social para discorrer sobre o momento singular da atualidade. Para ele "devemos reconhecer o imponderável, gerar o novo, tendo a dúvida como direito, essa é a condição de liberdade".<br /><br />No vídeo a seguir, o professor Luis Carlos Menezes põe-se a pensar na possibilidade de se aprender com as incertezas, o aprendizado que vem do imponderável. Agradou-me, afinal, agrada-me a possibilidade de um alicerce movediço, ovos que são pisados, enquanto arfamos por uma vida mais autônoma. Na expectativa religiosa talvez seja mais adequado o uso do termo "tillichiano" - uma vida teônoma. Aquela que manifesta-se na busca incerta do Sagrado. Um sagrado mais para Rudolph Otto do que para Karl Barth. Talvez mais próximo do Deus desconhecido "nietzschiano" do que do Deus presente e palpável dos fundamentos estadunidenses. Talvez um Deus como o do PseudoDionísio de Aeropagital, um Deus que está para além, que é super-trans-over-hiper. Um Deus que está para além dele mesmo (talvez?), mas que certamente está para além de nós. Mas estranhamente, ainda assim, em nós.<br /></div><br /><iframe src="http://www.youtube.com/embed/Lbp0tqgQR-s" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" width="560"></iframe><br /><br />Thiago BarbosaThiago Barbosahttp://www.blogger.com/profile/09728367835500836652noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1218311066436216272.post-46371108184715495002012-02-25T06:58:00.002-08:002012-02-25T07:02:41.024-08:00Sobre os esteriótipos sociais em declínio<div style="text-align: justify;">A seguir segue o vídeo de Regina Casé, aqui ela apresenta sua percepção sobre a quebra dos rigores sociais esteriotipados impostos, em parte, pela mídia. Acima de tudo, eia a oportunidade para nós teólogos retornarmos à Paul Tillich, retornarmos à cultura como fenômeno de manifestação do sagrado, e ao invés de demonizá-la (a cultura), santificá-la. Eis a saída para um mundo que percebe Deus nas relações humanas e no fazer, e saber fazer dos homens e mulheres.<br /><br />Há de se ter esperança, ao menos na percepção igualitária, na intenção cristã de que os esteriótipos sejam deixados de lados, e nos reste apenas a alcunha de irmãos.<br /></div><br /><iframe src="http://player.vimeo.com/video/9251210?title=0&byline=0&portrait=0&color=ff000d" webkitallowfullscreen="" mozallowfullscreen="" allowfullscreen="" frameborder="0" height="225" width="400"></iframe><p><a href="http://vimeo.com/9251210">TEDxSP 2009 - Regina Casé</a> from <a href="http://vimeo.com/tedxsp">TEDxSP</a> on <a href="http://vimeo.com">Vimeo</a>.</p><br /><br /><br />Thiago BarbosaThiago Barbosahttp://www.blogger.com/profile/09728367835500836652noreply@blogger.com0